terça-feira, 16 de novembro de 2010

ESTAR DE VOLTA

Estar de volta sem ter ido a lugar nenhum. Desde 26 de outubro, portanto quase um mês, estive aqui na frente do computador, ocupado demais com muitas outras coisas que fiquei sem escrever nada, como se não houvesse estado atento a quase tudo o que me interessa. Bom é poder voltar mesmo sem ter ido.
O mesmo não fazemos quando erramos. Os erros não nos permitem corrigi-los, faze-los não acontecerem, são como a vida, essa passa correndo por nós e amanhã já será Natal, ontem foi carnaval e desde o dia das crianças que saí de cena. Tudo é muito rápido, injustamente rápido.
Na apresentação deste espaço declaro ser torcedor do Bahia e sem ter ido a nenhum lugar, assim como despertando de um sono profundo que durou sete anos, o Bahia no último sábado conseguiu voltar a participar do grupo de 20 clubes que compõem a primeira divisão do campeonato brasileiro de futebol. O tempo passou voando e logo eram sete anos.
Discute-se por aí que temos a terceira maior torcida do Brasil, não sei, temos na verdade uma das três torcidas de futebol mais apaixonadas do Brasil. Disso eu tenho certeza. Disso demos prova sábado.
O Bahia junto com outros doze grandes clubes de tradição fundaram o Clube dos Treze, justamente para fazer valer junto à CBF a força que suas torcidas representam e significam para o esporte.
Em 1988 o Bahia sagrou-se campeão brasileiro, antes de clubes com as glórias, por exemplo do Botafogo de Garrincha, Nilton Santos e muitos mais.
A mística da camisa tricolor, seu poderoso hino, suas conquistas, como vencer a Copa do Brasil de 1959 dentro da Vila de Pelé, com Pelé jogando, compõem motivos de sobra para mobilizar e imobilizar uma capital de 3 milhões de habitantes, só pelo fato do clube voltar à primeira divisão.
O Bahia não ganhou nada, o Bahia não conquistou nenhum título, o Bahia apenas voltou. Vejam com nitidez e clareza o que apenas este fato fez a essa cidade, este estado, esta massa humana que embriagada de felicidade vibra e vibrará até o início do campeonato de 2011 ainda em março.
Estar de volta é motivo de muita alegria, é poder fazer o que gosta, o que sabe e estar no meio dos seus, entre os bons, os melhores.
Eu estou em festa, meu íntimo está na plenitude da alegria, do gozo, do contentamento. Meu orgulho, que já esteve na terceira divisão mas nunca foi menor, porque eu faço parte de um grupo enorme de pessoas contaminadas pelo irremediável amor em ser tricolor, é orgulho pela condição de ser torcedor do Bahia, não da condição em que o Bahia esteja. O Bahia faz parte de nossas vidas e será assim para sempre, com as graças de Deus, esteja onde estiver, voltando sem ido a lugar nenhum.

Um comentário:

  1. É isso ai..estive presente lá em pituaçú;presente em mais essa glória do Bahia...muitos perguntam o motivo de torcer por um time de futebol,que é dirigido por ladrões e etc...não importa,pode ser dirigido por ladrões,mas existe uma mística (parafraseando e não plagiando o autor..hehehee)incapaz de ser traduzida em palavras...ouvir a torcida fervorosa cantando o hino,é de arrepiar até os mais frios..ver o clamor que tomou e toma conta da cidade é incomparável com qualquer outra sensação..só quem é autêntico tricolor pode entender o que eu estou dizendo! retornamos ao lugar de onde jamais deveríamos ter saído,mas foi preciso ter caído e ficado adormecido para que o amadorismo deixasse de existir e finalmente,o profissionalismo mostra ainda devagar, sua cara...Nem no vice campeonato da copa do brasil,vimos manifestação parecida por parte do grupo (pra mim não é torcida) que têm apreço pelo vitória! É isso! só quem se entregou ao mito bahia,pode entender estas palavras...
    Abraços!

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