sexta-feira, 28 de agosto de 2009

TURSIMO EM SALVADOR

Faltam as montanhas dentro do mar, falta o charme do povo que foi da capital de 1808 até 1960, portanto, 152 anos, numa época em que Paris servia de parâmetro e não Nova Yorque e seus prédios e comida de quinta.
Falta muita coisa a Salvador, falta cultura universal, cosmopolitismo, mas convenhamos a cidade é bonita, colorida e alegre.
Falta a Salvador Administração decente de gente inteligente, viajada, antenada, comprometida. O prefeito nasceu em Feira de Santana, para ele, ter praia já é uma maravilha, então para que ter uma orla organizada ?
Mas o turismo segue em frente, à despeito de termos hotéis fechados, fechando, velhos e acabados.
Muitas injustiças e preconceitos são praticados todos os dias em nome de uma moral de fancaria. Que não passe pela cabeça de quem lê o que escrevo, tratar-se aqui de contradição ao que disse ontem comentando o vazio cultural que lança na lama a sociedade no vazio dos grupos de pagode.
Refiro-me hoje ao que venho observando na quantidade de turistas que invadem os Shoppings de Salvador levando pela mão uma prostituta dessas modernas, leia-se, bela, jovem, discreta e sobre a qual não recai sequer a suspeita da atividade profissional.
Essas moças, são agentes de turismo. Movimentam o comércio, lotam os táxis, aproveitam para gastar o dinheiro dos visitantes em lojas e restaurantes e de vez em quando fazem sexo por dinheiro.
Sabe-se que a profissão é a mais antiga entre as profissões, citada na Bíblia, e que certamente, afastados os turistas em função dessa atividade, nem ela se extinguirá, nem as moças lograrão emprego formal, até por não terem outras aptidões.
Atualmente a prostituição recebeu tantos sinônimos para camuflar-se, diante da quantidade de adeptas e adeptos à sua prática que, soa hipocrisia apontar o dedo para quem quer que seja, pois ela está nas revistas, na tv, enfim em todos os segmentos, tipo, quem não for puta que atire a primeira pedra.
A cidade está cheia de turistas. O que os trouxe aqui deveria ser o mar da Bahia, os espetáculos nos Teatros, a orla bonita e bem organizada, o desnvolvimento de um lado contrastando com um patrimônio arquitetônico preservado. Uma urbis pulsante.
Como nada disso ocorre de fato, as meninas vão salvando os índices de ocupação dos hotéis e vitaminando as estatisticas dos políticos.
Então, viva a putaria !