Se não me falha a memória, e como nesta altura da vida me falha a memória, na edição de duas semanas atrás, a revista VEJA trazia um artigo que comentava algo em torno do que é importante para se fazer um estadista. Como não é sobre isso que irei tratar, vou apenas resumir as atitudes que o próprio povo toma em relação aos governantes e o porque é mais fácil transformar-se em politiqueiro do que em estadista.
Diz o artigo que a população não grava, não registra a obra mais importante para a sua vida, sua saúde, sua educação e seu futuro, que é a cobertura de esgotamento sanitário. É sabido e amplamente divulgado que se tivéssemos esgoto tratado, teríamos menos gente em hospitais, menos doenças como dengue, leptospirose, afecções de pele, doenças respiratórias e diversas outras, produzidas pela imundicie que nos cerca e da qual nos cercamos porque imundos somos.
Pesquisas realizadas junto à população, revelam que é de lazer que eles mais reclamam não ter acesso, ficando a questão do esgotamento em terceiro ou quarto lugar.
Ora, para o politiqueiro então, é mais fácil, barato e rápido obter o retorno eleitoral e o emprego de quatro anos, onde poderá gozar de prerrogativas, imunidades, grana e poder de barganhar votos (legislativos ), em troca de benesses, colocando no bairro ou município uma boa dupla sertaneja ou grupo de pagode. Esgoto ? E o povo lá quer saber de esgoto ?
Duas semanas depois do artigo, sai o IDH das Nações Unidas e com ele a triste constatação. Apesar do bolsa família, das Olimpíadas em 2016, das Mercedes e BMW que enchem nossas ruas, das Tvs de LCD vendidas como água e os telefones celulares nas cinturas, o Brasil não saiu do lugar e continua atrás da Argentina e da Venezuela, que estão anos luz atrás do Chile.
O povo lota Parque de exposição, casas de samba , bares e afins, gasta com manicure e chapinha (outro sucesso de vendas) , mas não usa parte do ganho real que o salário mínimo vem tendo para comprar e ler um livro, fazer um curso de aperfeiçoamento profissional (sério ), comprar sacos de lixo e não lançá-lo barranco abaixo e outras cositas, que por certo traduziriam avanço humano. Preferem dar aos pastores, aos santos, ás encruzilhadas, na reza perene sem fazer a própria parte.
I D H . Índice de desenvolvimento HUMANO. Apesar de toda a melhora aparente, estamos na mesma e este relatório que ora comento é relativo a 2007, antes da tal crise de 2008.
Isso é o real, o ideal seria o que não houve e o possível, bem, o possível depende de todos.
terça-feira, 6 de outubro de 2009
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