Na abertura deste Blog, consta nos dados que fiz ao apresentar-me ser torcedor do Esporte Clube Bahia.
Também ali disse ser praticante de tênis, esporte que descobri já depois de velho e que embora reconheça não possuir o menor talento, insisto dando minhas raquetadas e me divertindo com um grupo de amigos que só faz aumentar minha paixão pelo esporte. Sobre o tênis, escrevi para ressaltar a conquista de Federer em Rolan Garros e sobre o Bahia, nada até hoje.
Nos anos noventa, não sei precisar qual deles, Nestor Jr. , o jornalista, amigo querido, tinha sido convidado por Antonio Pithon, então presidente do E.C. Bahia para ser vice de comunicação social. Nestor que fazia parte de um grupo que mesclava a renovação tão sonhada no modo como se administrava o clube, me convidou para assumir a vice Adm e Financeira.
Quarenta e cinco dias depois eu estava fora. Depois que vi a coisa, simplesmente percebi que nada poderia ser feito, se tudo era feito para ficar como estava. Um a um saímos todos, inclusive Pithon. Este saiu sem nada. tiraram-lhe até a família, além da saúde.
Desde então, tenho o Bahia apenas como o time do coração. O que fizeram com ele... prefiro viver das lembranças. Essas ninguém tira.
O hino, as cores, o clima do estádio, o barulho da torcida, tudo isso me remete a um tempo feliz em que ía levado por meu pai, aos oito, nove anos, torcer, vibrar, chorar e sorrir com as conquistas e jogos memoráveis do Esquadrão de Aço.
Neste sábado vou levar meu filho, pela terceira, quarta vez; ele aos sete anos nem sabe do que estou falando e por certo fará em breve outra opção. É comum ve-los com camisas de times que jamais verão atuar, como Barcelona, Milãn, Real, mas que sabem de ouvir dizer que, vencem, que conquistam títulos, que percorrem o gramado em volta olímpica mostrando a taça.
Neste sábado vou levar meus afilhados, esses mais velhos talvez sejam mais eu, que os doutrinei do que o próprio clube, cuja história se confunde com a de papai Noel.
Neste sábado vou ao estádio com o coração apertado, ver um amontoado de caras que se conheceu semana passada, que teve dois dias prá treinar e que não sabem se vão receber salários no final do mês. Não tem nem porque beijar o escudo da camisa que só vestirão por mais dois ou tres jogos até que outro amontoado seja novamente contratado, como foram eles para substituir os que já se foram.
Nosso hino diz MAIS UM BAHIA !
Eu me contentaria com outro Bahia, administrado por torcedores do Bahia, com jogadores revelados no Bahia, presidido por gente de visão, abnegada, experiente, responsável, idônea.
quinta-feira, 23 de julho de 2009
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