A câmera está ligada, Arruda quase deitado num sofá, com desdém, afinal ninguém dá valor a dinheiro fácil, sacode dois maços e entrega ao fiel sobrinho que pega o dinheiro e sai de cena.
José Roberto Arruda quando protagonizou a imagem descrita era candidato a governador do Distrito Federal - Brasília- capital do Brasil. Sabemos como e porque elegeu-se.
Não diria impossível, porque sabemos como é o Brasil, aliás, Arruda também, mas diria que é muito difícil aceitar que a imagem, pura, limpa, nítida, sequencial, sem cortes, sem montagens, não tenha sido suficiente para que esse.... "governador", jamais pisasse num local público que não a cadeia ou o pátio de uma penitenciária.
Tecnicamente, o STJ suspendeu a prisão preventiva porque a mesma havia sido decretada em razão de ele estar coagindo e tentando comprar com aquele dinheiro da cena filmada, uma testemunha, ou seja, não bastou ser filmado roubando, estava com o dinheiro do roubo pagando para que dissessem que não era ladrão. Ele não queria ter o mandato cassado, daí a coação.
O mandato foi cassado. Então não adiantava mais coagir, assim sendo, o motivo da prisão deixou de existir.
E A PRISÃO PELO ROUBO ? E A PRISÃO PELO ROUBO ?
Ele não apenas roubava para sí, roubava para empresas, formou uma quadrilha nova, porque os quadrilheiros já existiam atuando de forma isolada na função de Deputados distritais, e pôs os cumplices a desfilarem pegando o mesmo dinheiro que ele pegou em cena idêntica à que foi filmado e isso bastaria para todos vestirem o macacão amarelo da Papuda ( penitenciária de Brasília) por pelo menos vinte anos sem essas palhaçada de progressão de pena.
Assim como Arruda estão todos agora. Soltos, respondendo por seus crimes em liberdade como manda a "lei" brasileira.
É ultrajante, é repugnante, é triste e o pior, é banal. É só isso.
Se até o pedreiro que violentou e matou os seis meninos em Goiás estava solto em gozo de benefício concedido pela "lei" brasileira, porque seria diferente com Arruda ? O que falta a ele é experimentar o medo que sofre o outro em ter a casa depredada e ser linchado, pois só assim a sociedade se livraria dele.
segunda-feira, 12 de abril de 2010
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