segunda-feira, 18 de maio de 2009

ONDE FOI QUE ACERTAMOS

Outro dia comentei a atitude do exterminador do futuro que , a pretexto de resolver a questão econômica da California propõe liberar a maconha para fins recreativos, como se o problema das drogas fosse apenas fiscal.
A Alemanha, quarta economia mundial, responsável pelo maior baque do PIB na zona do euro, levanta, através do seu maior partido de oposição, a mesma bandeira sob o mesmo argumento financeiro.
O consumo de cocaína cresceu tanto que já se pode detectar no ar de grandes cidades resíduos da droga. Por último ela foi encontrada nas águas do rio Tâmisa em Londres.
Volta nos EUA a discussão sobre os elevados custos do país com a guerra ao narcotráfico e o chamado kzar antidrogas americano, homem da confiança de Obama, faz declarações que levam a crer que a coisa pode tomar outro rumo em breve.
É certo que o capitalismo está sofrendo de uma doença grave. Falta-me condições técnicas para lhes explicar, mas não falta sensibilidade para perceber que este modelo de vida, pautado apenas em cifras, não seria seria capaz de levar à humanidade a sensação de bem estar coletivo, segurança, paz de espírito, enfim, sentimentos que compõem o humano.
A mãe de um jovem de 26 anos, que embriagado colidiu e matou outros dois jovens, sendo por reiteradas vezes multado por dirigir em alta velocidade a ponto de já não mais portar documento de habiltação, em desabafo na imprensa pergunta onde pode ter errado já que proveu o filho de carinho, alimentação e recursos financeiros.
O que faltou a Suzane Richtoffen que movida pela droga, alicia o namorado, o irmão deste e presenciou á distancia a morte do pai e da mãe que dormiam com a porta do quarto aberta por sentirem-se seguros na própria casa ?
Ao estimularmos a tirania do dinheiro, ao convivermos recreativamente com as drogas, ao destruirmos um planeta inteiro com fumaça e lixo, ao abrirmos mão da presença , do diálogo, do afago e da compreensão podemos facilmente enxergar onde erramos.
Lamentavelmente fica cada vez mais difícil dizer onde foi que acertamos.