quarta-feira, 24 de março de 2010

DIO COME TE AMO !

Desta vez não vou expor o sujeito, pois na condição que o encontrei, posso até não perder o fato, mas declinar o nome é sacanagem.
Fui comprar meias Lupo prá meu filho e cuecas para mim e cruzo com ele num corredor do Shopping Barra. Como de hábito, quando a figura merece, ao invés de deixar passar sem ser visto, quase atravessei o corredor para cumprimentá-lo. Ao me ver não apenas acenou e passou, como parou, e já naquelas trocas de "como vai tudo bem" percebi uma certa apatia no seu semblante ( semblante é ótimo). Ele estava abatido. Pensei comigo ou é dinheiro ou é mulher, não necessariamente nessa ordem, mas sempre isso ou aquilo. Eram os dois.
Faltava saber se perdeu o dinheiro e a mulher em seguida ou se por conta dela perdeu tanto que a perdeu depois.
Bingo. A ordem dos fatores não altera o produto. Ele próprio não sabe como tudo começou mas nós sabemos. Sem dinheiro voce só atrai alguém pelo tempo necessário dela descobrir que você está mentindo. Ou voce acha que se colocar um macacão já pode sair por aí cantando a Galisteu ?
Você realmente acredita que falar com um prendedor de roupa no nariz, raspar a cabeça, e ser dentuço já lhe garante casar com Cicarelli ? Experimenta otário !
Ele não queria tanto, mas tudo é relativo e se a outra também não é lá essas coisas, ela mesma tem que se contentar com o 2 quartos dele o Fiat Uno 2007 , mas prá quem tá de buzão já um "up grade" de mostrar para a família.
Sentou-se naquela ilha de café, e passou a me contar que em seis meses já estavam morando juntos. Ele achou que essa menina fosse diferente da ex-mulher dele que no seu jargão era louca por bicho de tomada. Quando se separaram, tudo o que estava na tomada ela arrancou e levou. A sorte dele era que o pequeno apartamento era só paredes e penhora na CEF e ficou vazio para aumentar a tristeza.
Desta vez não, sem alarde, discussão ou o que levar, bastou vê-la num "Honda Zerinho", pendurada no beiço de um elemento raquítico e manchado, com um correntão prateado no peito, para entender que a relação tinha fracassado.
Ele não sabia que o segundo casamento é a vitória da esperança sobre a experiência e mergulhou de cabeça porque tem o bolso e o coração fracos.
Quem gosta de Michel é Serginho, Fernanda gosta é de um milhão e meio. Já dizia o sábio Quati !