segunda-feira, 25 de maio de 2009

ENTRE O VÍCIO E A NECESSIDADE

Escrever na segunda-feira não é fácil, não bastasse ser o dia do retorno à rotina, os motores dos acontecimentos estão frios o que dificulta mais ainda o trabalho do blogueiro aqui.
Sem nenhum destaque especial porque não merece destaque algum, um carro caiu no Dique do Tororó na sexta à noite. Deve ter sido alguém que sabe qua a lei seca acabou e vinha mandando ver nas curvas. Graças a Deus não matou ninguém e não morreu também.
Voltando para casa no sábado após o trabalho, o porteiro do meu prédio passa pelo Dique e no caminho percebe uma grande aglomeração de pessoas e aproxima-se para ver o que era e tratava-se da remoção, pelos bombeiros, de um corpo das águas turvas do imenso lago. Retomou sua caminhada, lá deixando os curiosos.
Comentei na semana passada, com um misto de tristeza e perplexidade o fato dos moradores vizinhos das casas que desabaram por ocasião das chuvas, estarem retirando dos escombros, torneiras, tubos de PVC, portas e fechaduras, num flagrante desdém pela dor do própio vizinho que acabara de perder o pouco que tinha.
Certa feita um amigo me contou que indo para Feira de Santana e vendo que um caminhão tombado estava sendo saqueado, dirigiu-se até um posto da polícia rodoviária e comunicou o fato, julgando que imediatamente as providencias policiais seriam tomadas e ouviu de um ilustre representante da lei : " é farelo". Estavam saqueando farelo, se fosse carne verde ele próprio estaria lá, imagina-se !
Pois é, no cinema horrorizados assistimos os nazistas arrancarem os dentes de ouro dos judeus chacinados no holocausto. Pedimos a Deus que coisas assim jamais aconteçam novamente e comentamos, ainda bem que o Brasil é um país de paz.
Voltando ao Dique do Tororó, só para informar nesta segunda-feira de poucas notícias. O corpo encontrado foi do sujeito que mergulhou em busca de objetos de valor que poderiam estar dentro do carro que caiu na noite anterior.
Assim, entre o vício e a necessidade essas pessoas seguem, umas conseguindo, outras não, e nós passamos ao largo das notícias que não merecem destaque.