quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O HOMEM DO ANO

Prá mim, não é de hoje, já chega. Sou minoria, sou derrotado, faço parte de um pequeno grupo próximo da extinção, portanto minhas opiniões não merecem acolhida, valor ou respeito. Pronto, está dcidido. Prá mim chega.
A pouco importante revista VIP, acaba de eleger Neymar, de 19 anos, jogador de futebol, o HOMEM DO ANO.
Talvez seja mesmo se observarmos que o país é governado por um ufanista arrogante, tem Tiririca, Romário, Collor e Léo Kret como parlamentares, médicos como dr. Roger, e ficar aqui enumerando a qualidade dos homens de hoje, seus feitos e méritos é pura perda de tempo.
Se dentre artistas, políticos, cientistas, ecritores, desportistas e demais categorias o escolhido foi o atacante do Santos, certamente não cabe mais dizer nada. Cada ano tem o homem que merece.
Ontem me perguntaram o que achei sobre o assassinato de mais duas jovens de 13 e 16 anos que foram decapitadas, após sairem de suas casas ao encontro de gente que conheceram pela Internet e respondi com radicalismo islâmico.
Vi uma entrevista na qual um especialista em Oriente Médio afirmava que diferente do que é propagado aqui, as mulheres usam burca a mais de 10 séculos e não entendem o porque de tanta revolta justamente por não entenderem o porque das nossas mulheres viverem se expondo nuas em filmes, revistas, praias etc.... Para elas, anormal é isso. Submissão é isso. Humilhação é isso.
O que quero dizer? A liberdade tem um preço. Como queria Caetano "é proibido proibir". Então, só nos resta entender que o marginais, sem educação, sem princípios, sem freios, sem noção de nada, podem tudo. Roubar à luz do dia, matar,decapitar, fazer e acontecer. Esse vale tudo, esse pode tudo, esse tempo da imagem, da instantaneidade da fama, essa superficialidade que tudo tem, gera fenômenos desconhecidos que chocam alguns, mas que são fruto de nossa aceitação em nome do novo, do moderno, do atual.
Enquanto a sociedade tinha regras rígidas, padrões morais (tembém chamado de vergonha), tudo acontecia, mas era punido, era tachado de "feio", diferente e abjeto.
No momento em que a moda veste calças rasgadas, corpos furados, pintados, escritos e TUDO é "normal", sabe-se lá o que virá por aí. O que era esquisito passou a ser "cult", o que era doença passou a ser "opção", o que era loucura passou a ser "estress". Quem aplaudiu a mudança não deveria agora estar assustado, viva bem no vale tudo que ajudou a construir,e como diz Mauro, não me encha o saco !
O homem do ano é Neymar, a mulher do ano poderá ser Bruna Surfistinha, ou a melancia, e daí, dirão, eu não leio a VIP !
Nem eu. Prá mim chega.