Tenho um amigo libanês que conheci numa viagem de navio, dessas que acabaram virando moda e de lá para cá já se vão oito anos. Ele, então turista, viajava com uma baiana que estudava em São Paulo e hoje casados vivem na Bahia e tem duas lindas filhas. É, o amor é lindo !
Ontem no aniversário do filho de um primo dela que mora no mesmo prédio que eu e que por outra coincidencia estuda na mesma escola onde estuda meu filho, nos encontramos mais uma vez. É, o mundo é pequeno.
Neste encontro o libanês assustado me disse : Já fechou tudo, tudo mundo já viajou !
Pois é, para quem tem algum tipo de negócio e vive dele, paga contas por trinta dias mas em alguns meses do ano só dispõe de dezoito, vinte dias para arranjar o dinheiro. Sofro com isso desde que resolvi me meter numa empresa de prestação de serviços.
Para o libanês é de assustar como é que, num ano de crise mundial, redução dos postos de trabalho, diminuição da atividade industrial, queda nas vendas, perda do valor das ações na bolsa, queda das exportações e do consumo, se interrompa com tanta frequencia a atividade produtiva em nome do lazer, da festa e do descanso, que "emenda" dias úteis a feriados.
Sem muita opção, respondia a ele que se acostumasse, pois o bônus em ter encontrado a mulher da vida trouxe o ônus dela pertencer a essa plaga peculiar onde nascemos eu, voces, ela e agora as filhas deles.
Urbano que sou, nunca apreciei festas juninas mas, à partir de hoje seguirei o cheiro da pólvora e descansarei até quinta feira.
sexta-feira, 19 de junho de 2009
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