Cá estou eu novamente pronto para receber uma saraivada de críticas e acusações.
Não tenho culpa se os fatos conspiram a favor de ilações capazes de gerar rótulos difíceis de serem tirados.
Antes porém, vou aqui lembrar de uma piadinha infame que li na Internet outro dia, com a qual não concordo, mas que serve justamente para ilustrar o fato que deu origem a essa postagem. A tal piada afirma que num galinheiro com três galinhas, entra um negão e leva duas. Pergunta então quantas ficam e se o leitor disser uma, erra por preconceito já que o sujeito levou duas, que somadas às três já existentes completam cinco.
Pois foi exatamente por isso que um desagradável incidente expôs toda a verdade existente na questão racial, quando um professor doutor de Harvard, mesma universidade em que formou-se o Presidente Obama, ao tentar entrar na própria casa, voltando de uma viagem, tentou forçar a porta que julgou-se estar emperrada e foi detido, algemado e conduzido a uma delegacia, onde horas depois foi liberado.
O professor é negro. A polícia chamada para impedir um possível arrombamento, nem quis saber de ouvir um senhor de mais de 60 anos, aparentemente, que certamente sabia se expressar, tinha como fazer prova de estar tentando entrar na própria casa e que por exercer função de direção na mais pretigiada Universidade americana, por certo mora num bairro de boas casas , desses que vemos nos filmes, sem muros ou cercas.
A reação ao episódio por parte do próprio Presidente foi imediata e a altura, repudiando o excesso da polícia que só agiu assim motivada por um preconceito atávico.
Está provado com isso que a eleição de um negro, não seria o bastante para inibir séculos de discriminação num país como os EUA.
Em resposta, a polícia afirmou que estava apenas cumprindo rigorosamente a lei, que prevê cadeia a quem está em atitude suspeita e essa foi a impressão que o professor deixou. Essa resposta inclusive obrigou o Presidente horas depois a explicar-se e desculpar-se com os policiais, sugerindo um pedido de desculpas deles ao professor ofendido para evitar demandas judiciais reparadoras do dano moral causado. Bom prá todos.
Caros leitores, no início disse que seria alvo de críticas e acusações e voces devem estar se perguntando porque, então lá vai.
Alguem aí viu, filmou ou fotografou a tal vizinha que ligou para a polícia ?
Tinha que ser uma mulher, desocupada, tomando conta da rua pela janela que, por não gostar de preto, mesmo sabendo que era o professor, não se conteve e tacou o dedo no telefone e ficou atrás da cortina esperando a sirene, para dizer bem baixinho... viu negão ?!
Quem é que vai acreditar que ela não conhecia o próprio vizinho. Foi de sacanagem e pronto !
Agora vai chover feminista me esculhambando e ameaçando sair do blog, mas que foi coisa de vizinha, foi.
terça-feira, 28 de julho de 2009
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