Sou pai mas tendo mãe e convivendo com a mãe de meu filho posso ter idéia do que deve ser, SER MÃE . Quem sou eu para achar que posso saber a dimensão desse sentimento.
Às vésperas de mais um dia festivo que comemora a maternidade, precisamos lembrar que nesses tempos difíceis onde numa avalanche jamais vista de brutalidade e barbárie, filhos matam mães e mães em desespero matam filhos, hoje foi realizado o enterro de Fernanda e Beatriz.
Mãe e filha sepultadas lado a lado como sempre estiveram. Como estava escrito que deveriam viver para sempre ou não viver nem mais um dia se assim não fosse.
Levadas pela água na última enchente em Salvador, foram tragadas pela tragédia e somente encontradas após três dias de buscas.
Fernanda era prima de uma funcionária minha. Assim, fiquei sabendo do detalhe que não sei ao certo se a imprensa noticiou e escolhi este tema lindo mas neste prisma, pungente. Quem caiu no córrego foi Beatriz, Fernanda atirou-se depois quando ao segurar a filha pela mão a teve puxada pela força da água. Atirou-se para a morte no afã de salvá-la.
As coisas estão ruins, o tempo está ruim, as pessoas estão ficando ruins mas a história de Fernada e Beatriz cabe aqui como uma luva para nos encher de alento porque enquanto houver amor de mãe o mundo ainda terá esperança.
sexta-feira, 8 de maio de 2009
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