É bom para qualquer governo contabilizar um récord na produção de insumos para a construção civil. No ritmo das obras, vai faltar grua, cimento, piso, tubos, cabos, sei lá.
É bom para qualquer governo um setor que utiliza mão de obra pouco qualificada, absorver um número gigantesco de pessaos que estão realmente ascendendo da classe D para a C, e essa é a classe da qual, como diz a letra, o sujeito passa a existir, para o comércio e a indústria.
De fato, em ano eleitoral, situação como essa é capaz de fazer ser visto até um poste como candidato. Assim, sai das sombras essa senhora que arrumaram aí para suceder Lula.
O que não está sendo visto é o flagrante despreparo dos atores envolvidos nesse momento de núpcias da fome com a vontade de comer.
Persiste a irresponsabilidade oficial secular em não haver dotado o país de infra estrutura capaz de absorver um crecimento esperado. Esperado pela onda de prosperidade econômica que se abateu pelo mundo nos últimos dez anos.
Não consta avanço na educação capaz de qualificar técnicos, que em uma década, seriam bastantes para suprir carência nas fábricas e nos barracões. Faltam engenheiros civis e o salário médio de um profissional com experiência, saltou de 4 para mais de 20 mil mensais o que inviabiliza a contratação pelas construtoras de pequeno e médio porte, que , embaladas pela "onda", compraram terrenos, venderam apartamentos e hoje não sabem como nem quando vão entregá-los.
Na esteira do descompromisso com o futuro vemos a criminosa liberação de alvarás de construção em vias saturadas, bairros sem infra para receber milhares de novos moradores, coisa só justificada pela ânsia de arrecadar, patrocinar candidaturas e enriquecer com as sobras. Está criada a cidade caótica, não planejada, e ainda ousam dar a isso o nome de desenvolvimento.
Mais uma vez, como sempre, a desordem impera e a impunidade preside o espetáculo. As obras estão parando ou paradas. Quem saiu do aluguel para entrar no imóvel sonhado está com a cama na cabeça e o nariz de palhaço e as multas pelo atraso nas entregas jamais serão pagas. O povo não foi adestrado para saber que pode exigir o cumprimento dos prazos. O silêncio das Construtoras é o recado de que para bom entendedor, meia obra basta.
sexta-feira, 4 de junho de 2010
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Em ano eleitoral vale tudo, créditos a mil pelo Brasil. Isso faz com que inúmeras pessoas recorram ao sonho da "casa" própria e o olho grande das construtoras em receber pelo que não têm pernas para atender !
ResponderExcluirA questão da formação de profissionais é antiga. Tudo começa nas escolas de base, que não também não atendem. Escola públicas ? Essas totalmente falidas e os que têm oportunidade de estudar em escolas "melhoradas", quando nãoo são filhinhos de papai, têm algum destino promissor.
A Petrobrás implora em procurar profissionais capacitados a passarem nos seus concursos. Sobra vaga nas grandes empresas, mas para pessoal preparado, não para qualquer um !
Tudo isso decorrente da falta de investimentos dos governos na nossa educação. " - Pra quê ? Se os instruirmos, eles não votarão na gente !!!! "Onde vamos parar ??? Forte abraço.
Me conte novidade!!!!!! Ano eleitoral é também ano das empreiteiras. De onde é que sai mesmo o grosso das campanhas eleitorais???? O país precisa de reforma política, mas para político meia política basta!!!!
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