sexta-feira, 31 de julho de 2009

TÔ NO RIO MAS SEI NADAR

Para quem nâo acreditou, o REDBLOG fez as malas e saiu correndo ds violencia de Salvador e está desde a manhâ de hoje, em terras cariocas. Se ontem era correspondente de guerra hoje sou correspondente estrangeiro. Virei multimídia, é assim que se diz ?
Do Tom Jobim até o hotel, perdi a conta do número de viaturas que cruzamos, e a sensação de segurança é grande.
Acabei de interromper a digitação para soltar um espirro e metade do saguão do hotel olhou para mim como se eu fosse um homem bomba da Palestina.
O mundo está ficando difícil de viver, se se foge da violencia e embarca numa fuga, o avião pode cair, a gripe pode lhe pegar ou alguém do CV pode decidir que já tem baiano demais no planeta e abreviar seus dias.
De qualquer sorte desistir de tudo é bem pior porque a vista da varanda do apartamento no décimo sétimo andar em frente ao mar contemplando o Leblon e Ipanema, vale qualquer risco.
Demos uma circulada, compramos ingressos para a peça de Denise Fraga no Teatro dos 4 na Gávea, almoçamos no Da Silva, um genérico do Antiquários uma vez que o dono foi cozinheiro de lá e é uma delícia, dica do Sheraton, ou seja, confiável.
Beijos a todos, chove fino, faz 18 graus e minha mulher subiu toda dengosa e nós precisamos fechar a conta do mes de julho que foi abaixo da média. Ainda bem que o mês é de 31 dias,
Fui e viva o capitão Nascimento !!!!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

QUEM VAI PRENDER A POLÍCIA ?

Escrevo essa postagem rezando para o sinal do modem não cair, já que estou embaixo da cama, com leptop em punho, num esforço hercúleo para manter o REDBLOG funcionando.
Acima de nossas cabeças, não bastasse a apreensão constante em que vivemos, cruzam agora balas do fogo amigo. Sim, daqui posso ouvir o zunido de várias delas cruzando os céus da ensolarada e outrora bela, Salvador.
Até ontem, as notícias que já encarávamos como normais, davam conta dos tiroteios nas periferias, entre bandidos e mocinhos. Ontem tudo mudou e hoje parece que a mudança ainda está em curso. Os mocinhos estão contra os mocinhos. É fim de mundo mesmo !
Segundo afirma a imprensa, numa inexplicável ação, um tenente da Polícia Militar, aquela do servir e proteger ou vice-versa, tascou o dedo no gatílho contra um perito da polícia civil, aquela que a gente nunca sabe quem é quem, no meio da rua em plena luz do dia, antes do banho de luz começar.
Caminhando a passos largos para o ficcional mundo de MAD MAX, entre um gardenal e um Johnny Walker, prefeito e governador discutem o que não fazer com essa onda de violência, agora gratuita, que a tudo contamina e que se espalha entre classes, atingindo pelo que se vê até a estrutura do Estado. Logo logo o prefeito estará internado no Aliança e o governador em Katmandú vendendo pacotes turísticos para o verão. O povo do Nepal vai achar Salvador o "must"!.
Coroneis da Polícia Militar, da Guarda Civil, seguem sob suspeita de um leque de crimes envolvendo dinheiro e poder, deixando a tropa desguarnecida de exemplos, sem treinamento e o pior, armada. Está aí o caldeirão do diabo.
A boataria começa a correr a cidade, dando conta de paralizações, protestos e enfrentamentos entre aqueles que deveriam, porque pagos para isso, estar a serviço da sociedade. Soube de fonte pouco confiável, mas que merece crédito porque o povo aumenta mais não inventa, que a retaliação está a caminho e que os mocinhos vão continuar os tiroteios até que o amigo morto seja vingado.
Nunca pensei que eu, blogueiro de pouca experiencia virasse tão rapidamente correspondente de guerra. Tô com medo e amanhã mesmo vou para o Rio de Janeiro descansar um pouco. Confio no BOPE e no capitão Nascimento.
De debaixo da minha cama, para o REDBLOG, Marcos Viana.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

POUCO A ESPERAR

Usando de absoluta sinceridade, entristecido vou dedicar essa postagem a uma sensação de medo e desesperança que se apossou de mim hoje pela manhã.
Duas notícias, dessas que parecem ser ao acaso, tratando aparentemente de coisas distintas, foram trazidas a público nos dois jornais televisivos, um local e o outro nacional.
No local, a matéria mostra um bairro da periferia onde, mesmo havendo coleta de lixo regular e container, populares, ou seja o povo, lança sacos de lixo e entulho na rua e para baixo, num muro que vai dar numa pedreira abandonada, na baixa do Retiro.
Comerciantes do local, construíram com recursos próprios uma espécie de depósito em alvenaria para que todo o lixo fosse ali depositado. As cenas mostradas impressionam porque pode-se ver o tal depósito destruído, pelo vandalismo de quem não aceitou a iniciativa. Mais à frente, os mesmos comerciantes, buscando evitar que o lixo fosse atirado ribanceira abaixo, colocaram fios de arame, uns seis, e hoje o que se viu foram esses fios partidos. A população rejeita aprender, recusa educar-se. É incrível mas é verdade.
No jornal de cunho nacional o que se vê, e desta vez no Paraná, são cenas de selvageria coletiva, de alunos da rede pública destruindo móveis, carteitas, arrancando portas de uma escola entregue a eles em 2006 e que já teve 18 queixas contra atos semelhantes de lá para cá.
Repete-se à exaustão que somente pela educação vamos salvar esse país e não duvido. O que preocupa e entristece é que no fato local, na provincia de Salvador quem age com o lixo não é a mesma geração dos que depredam uma escola no Sul maravilha.
Se unirmos as pontas e colarmos os fatos, meninos assim aprendem com os pais que convivem.
Quem não assistiu assista e quem já viu e esqueceu, assista novamente MAD MAX, pois temos pouco a esperar, e com certeza é para lá que estamos indo.

terça-feira, 28 de julho de 2009

COISA DE VIZINHA

Cá estou eu novamente pronto para receber uma saraivada de críticas e acusações.
Não tenho culpa se os fatos conspiram a favor de ilações capazes de gerar rótulos difíceis de serem tirados.
Antes porém, vou aqui lembrar de uma piadinha infame que li na Internet outro dia, com a qual não concordo, mas que serve justamente para ilustrar o fato que deu origem a essa postagem. A tal piada afirma que num galinheiro com três galinhas, entra um negão e leva duas. Pergunta então quantas ficam e se o leitor disser uma, erra por preconceito já que o sujeito levou duas, que somadas às três já existentes completam cinco.
Pois foi exatamente por isso que um desagradável incidente expôs toda a verdade existente na questão racial, quando um professor doutor de Harvard, mesma universidade em que formou-se o Presidente Obama, ao tentar entrar na própria casa, voltando de uma viagem, tentou forçar a porta que julgou-se estar emperrada e foi detido, algemado e conduzido a uma delegacia, onde horas depois foi liberado.
O professor é negro. A polícia chamada para impedir um possível arrombamento, nem quis saber de ouvir um senhor de mais de 60 anos, aparentemente, que certamente sabia se expressar, tinha como fazer prova de estar tentando entrar na própria casa e que por exercer função de direção na mais pretigiada Universidade americana, por certo mora num bairro de boas casas , desses que vemos nos filmes, sem muros ou cercas.
A reação ao episódio por parte do próprio Presidente foi imediata e a altura, repudiando o excesso da polícia que só agiu assim motivada por um preconceito atávico.
Está provado com isso que a eleição de um negro, não seria o bastante para inibir séculos de discriminação num país como os EUA.
Em resposta, a polícia afirmou que estava apenas cumprindo rigorosamente a lei, que prevê cadeia a quem está em atitude suspeita e essa foi a impressão que o professor deixou. Essa resposta inclusive obrigou o Presidente horas depois a explicar-se e desculpar-se com os policiais, sugerindo um pedido de desculpas deles ao professor ofendido para evitar demandas judiciais reparadoras do dano moral causado. Bom prá todos.
Caros leitores, no início disse que seria alvo de críticas e acusações e voces devem estar se perguntando porque, então lá vai.
Alguem aí viu, filmou ou fotografou a tal vizinha que ligou para a polícia ?
Tinha que ser uma mulher, desocupada, tomando conta da rua pela janela que, por não gostar de preto, mesmo sabendo que era o professor, não se conteve e tacou o dedo no telefone e ficou atrás da cortina esperando a sirene, para dizer bem baixinho... viu negão ?!
Quem é que vai acreditar que ela não conhecia o próprio vizinho. Foi de sacanagem e pronto !
Agora vai chover feminista me esculhambando e ameaçando sair do blog, mas que foi coisa de vizinha, foi.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

DINHEIRO : MISTÉRIO E SEDUÇÃO

Vou grafar em letras maiúsculas, palavras que ouvi, ditas por um professor emérito da Ufba, educador e empresário, Rosalvo Peixinho : O DINHEIRO É UMA COISA SINGULAR. ELE RIVALIZA-SE COM O AMOR COMO A MAIOR FONTE DE PRAZER DO HOMEM E COM A MORTE COMO A MAIOR FONTE DE ANSIEDADE.
Quanta verdade, pode estar nesta frase, não por concordar com ela, mas em ver o quanto ela acaba por incorporar-se no dia a dia das pessoas por força da repetição.
Desde que Judas "vendeu" Jesus por 30 dinheiros a moeda e o seu poder de sedução já intrigavam o homem. Mas convenhamos, parece que nunca antes ele esteve tão no centro da vida como está agora.
Ter dinheiro dá prazer, compra prazeres, não ter, deprime, entristece, gera insegurança, ansiedade. Quanto de dinheiro é suficiente para o que ? Como saber a hora de sentir que já se tem o bastante ? Quem garante o que significa bastante ? Como mandar o dinheiro às favas ?
Seriam milhares de perguntas a fazer e ainda teríamos outro tanto delas sem resposta.
O tema dessa postagem me ocorreu porque, ví o "perrengue" que Romário anda passando, o vídeo do matador de aluguel incriminando o velhinho da Gol, os vexames a que Sarney tem se exposto e o sofrimento que aguarda o sujeito que ganhou 55 milhões de reais na Mega Sena.
Os exemplos se sucedem mas nós não pensamos em mudar de atitude. "Time is money" é de uma crueldade terrível mas vivemos assim, simplesmente por que já não sabemos como fazer diferente.
Se sabemos que a morte acaba tudo, ou se prá onde iremos o dinheiro ainda não chegou, prá que tanta preocupação, desgaste ? Se estamos cansados de saber como acabam as histórias na luta pelas heranças , porque deixar ? A desculpa é o amor. É o amor aos filhos que justifica pensar na segurança deles. Mas de que forma os estamos criando para lidar com aquilo que vamos deixar ?
E cá estamos mais uma vez listando perguntas. Hoje só postei perguntas.
Não sei como concluir sobre o mistério e a sedução que envolve esta coisa, que ousa rivalizar-se ao amor e à morte.

domingo, 26 de julho de 2009

O PIOR É ESSE AMOR

Para quem torce por time da segunda divisão, sábado é dia de futebol. Tudo muda nesta vida, fui criado sabendo que domingo era dia de missa, feijoada e futebol. Triste, fui obrigado a mudar o calendário e me acostumar com o que não posso mudar.
Conforme avisei, fui ao estádio com o coração apertado. Levei meu filho e meu afilhado e para nos levar, Hélio o bom motorista, torcedor do rival mas amante de futebol e educadíssimo já que levanta e aplaude a entrada do esquadrão de aço em campo, morto de medo da minha reação caso não faça isso.
O novo estádio tem um potente serviço de som e numa tarde iluminada pelo sol de Salvador, vinte e cinco mil pessoas, bandeiras, balões coloridos, ouve-se o hino do Bahia. Convenhamos, é de arrepiar até o torcedor rival mais frio.
Numa feliz coincidencia não planejada, almocei bacalhau com batatas ao murro, brócolis e arroz de alho, regado com bom azeite portugues e vinho do Alentejo e saí para ver o Vasco da Gama que amarga também a segunda divisão.
Ter bandidos na administração de clubes de futebol não é privilégio do Bahia e o Vasco é a prova disso.
A poesia e o enlevo acabam com o apito do juíz, um alagoano de quase dois metros, atrapalhado e digno de apitar jogo de segunda. Não se pode esperar nada de nada e assim é com o jogo. Torturantes 45 minutos de absolutamente nada. As duas equipes, se é que se pode chamar um bando assim, atacam sem objetividade, chutam a esmo, não possuem disciplina tática nem qualidade técnica. É feio de se ver !
O povo lá, pulando, cantando , gritando e xingando. Vinte e cinco mil pessoas em festa, comemorando zero a zero.
O jogo estava tão ruim que um fato me chamou a atenção. Antigamente quando o time estava atacando, pressionando, quase marcando a gente levantava e só se sentava depois de ver para onde a bola ia. Ontem a torcida levantava quando o Bahia conseguia passar do meio campo. Entenderam, essa era a emoção maior daquele primeiro tempo.
No intervalo mais hino. Agora sem arrepio, senão de medo pelo que poderia vir e veio. Gol do Vasco.
Mudo, não sabia o que dizer a meu filho que se nunca tinha visto o Bahia ganhar um título nos seus sete anos de vida, pior seria sair dali com uma derrota.Coincidencia ou não, pediu para ir embora e eu prometi que iria assim que o Bahia empatasse. E o Bahia empatou. Pulei gritei, sorri abraçado a meu filho e meu sobrinho como um dia já fiz abraçado a meu pai. Desta vez, com o coração apertado pensei que seria a melhor hora para sair e aos trina e cinco minutos do segundo tempo, saímos. Era melhor ter essa história para contar do que história nenhuma.
Já na rua, perto do carro, o mundo veio abaixo, o Bahia marcou o segundo gol, não vimos o gol, mas nos abraçamos novamente, afinal somos torcedores do Esquadão de Aço.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

UMA CESTA NA SEXTA

Assim como denunciou o jornal da Band, resolvi hoje, agir que nem os funcionários do Senado e não trabalhei. Há uma sutil diferença entre nós, eu me pago. Quem paga os fora da lei do Senado é o povo brasileiro. mas essa postagem não é para tratar desses parasitas, é para falar sobre a folga que me dei.
Excepcionalmente não desfrutei da ciesta, sono pós almoço, a que me obrigo todos os dias e a quem atribuo todas as virtudes de boa saúde que desfruto. Optei por uma cesta de coisas tão ou mais prazeirosas quanto, e cedo fui levar meu filho à escola e tripudiar do porteiro, fanático torcedor do rival do Bahia que perdeu na noite anterior. Depois fui visitar meus pais e peguei a estrada rumo a Busca Vida.
Dessa vez somente eu e Laíse, porque Gui ficou na escola e voltará com Hélio. Colocamos o menino no armário, só por umas horas.
Com uma lista de compras e um monte de coisas simples para fazer saimos. O diferente é que estávamos juntos e isso é bom. Almoçamos, descansamos e temos planos para a noite.
Às cinco da tarde, Antonio Carlos veio jogar tênis e nos divertimos até as 19:30.
Agora, depois do jornal da Band, estamos comendo um Fondue, tomando vinho e vendo nosso Gui brincar com Nati, a boxer amiga de dia e vigia à noite. o vento é frio para baianos o que aumenta a nossa sensação de paz e relaxamento. O ideal está no simples. Hoje eu entendo.
Consegui encher uma cesta de boas sensações numa sexta como outra qualquer.
Amanhã estarei aqui, se Deus quiser e Guilherme deixar !

quinta-feira, 23 de julho de 2009

OUTRO BAHIA

Na abertura deste Blog, consta nos dados que fiz ao apresentar-me ser torcedor do Esporte Clube Bahia.
Também ali disse ser praticante de tênis, esporte que descobri já depois de velho e que embora reconheça não possuir o menor talento, insisto dando minhas raquetadas e me divertindo com um grupo de amigos que só faz aumentar minha paixão pelo esporte. Sobre o tênis, escrevi para ressaltar a conquista de Federer em Rolan Garros e sobre o Bahia, nada até hoje.
Nos anos noventa, não sei precisar qual deles, Nestor Jr. , o jornalista, amigo querido, tinha sido convidado por Antonio Pithon, então presidente do E.C. Bahia para ser vice de comunicação social. Nestor que fazia parte de um grupo que mesclava a renovação tão sonhada no modo como se administrava o clube, me convidou para assumir a vice Adm e Financeira.
Quarenta e cinco dias depois eu estava fora. Depois que vi a coisa, simplesmente percebi que nada poderia ser feito, se tudo era feito para ficar como estava. Um a um saímos todos, inclusive Pithon. Este saiu sem nada. tiraram-lhe até a família, além da saúde.
Desde então, tenho o Bahia apenas como o time do coração. O que fizeram com ele... prefiro viver das lembranças. Essas ninguém tira.
O hino, as cores, o clima do estádio, o barulho da torcida, tudo isso me remete a um tempo feliz em que ía levado por meu pai, aos oito, nove anos, torcer, vibrar, chorar e sorrir com as conquistas e jogos memoráveis do Esquadrão de Aço.
Neste sábado vou levar meu filho, pela terceira, quarta vez; ele aos sete anos nem sabe do que estou falando e por certo fará em breve outra opção. É comum ve-los com camisas de times que jamais verão atuar, como Barcelona, Milãn, Real, mas que sabem de ouvir dizer que, vencem, que conquistam títulos, que percorrem o gramado em volta olímpica mostrando a taça.
Neste sábado vou levar meus afilhados, esses mais velhos talvez sejam mais eu, que os doutrinei do que o próprio clube, cuja história se confunde com a de papai Noel.
Neste sábado vou ao estádio com o coração apertado, ver um amontoado de caras que se conheceu semana passada, que teve dois dias prá treinar e que não sabem se vão receber salários no final do mês. Não tem nem porque beijar o escudo da camisa que só vestirão por mais dois ou tres jogos até que outro amontoado seja novamente contratado, como foram eles para substituir os que já se foram.
Nosso hino diz MAIS UM BAHIA !
Eu me contentaria com outro Bahia, administrado por torcedores do Bahia, com jogadores revelados no Bahia, presidido por gente de visão, abnegada, experiente, responsável, idônea.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

DIREITOS PARA OS HUMANOS

Depois de oito anos presos, o casal que matou a tesouradas a atriz Daniela Perez está solto, mesmo havendo sido condenado a trinta anos.
Após sete anos presa, está com dois laudos, um de uma psicóloga e outro de uma assistente social, indicando que pode progredir na pena e passar o dia onde quiser e ir dormir na segurança da cadeia à noite, Suzane Von Richtofen, que planejou e contratou a morte dos pais, assistindo inclusive, ambos terem os crânios esmagados com barras de ferro, mesmo havendo sido condenada a vinte e nove anos.
Se fosse cronista policial teria por certo mais de uma dúzia de casos semelhantes para citar aqui, mas não é preciso. Em breve, veremos o casal Nardoni solto, depois do que sabemos haverem eles praticado.
Casos como esses só precisam de um julgamento e uma injeção letal, na hipótese da comprovação por parte dos jurados da culpa .
Os palhaços, ocupados em teorizar sobre o que não conhecem, vivem empunhando bandeiras demagógicas, poéticas, romanticas até, defendendo pseudos direitos humanos, buscando humanidade onde não existe.
A sociedade quer ver a defesa do direito do humano sem esgoto, que por falta de educação joga lixo na rua e por falta de planejamento e infra estrutura cria mosquito da dengue em vaso de planta.
Onde estão os defensores dos direitos dos humanos jogados em macas nas portas dos hospitais, empilhados em transportes coletivos imundos, desempregados por falta de qualificação, disputando com urubus os restos do lixo, cobertos de feridas e infestados de vermes ? Estes parecem não ser, mas são ainda humanos.
Suzane Richtofen quando decidiu, matar pai e mãe, abdicou da condição de humana, mostrou para quem quisse ver o lado do animal irracional e frio quando mata para comer. Assim dito, nem com os animais irracionais ela pode mais ser comparada. Não merece nada então.
Direitos humanos, direitos de humanos para seres humanos.

terça-feira, 21 de julho de 2009

COM A PALAVRA O LEITOR

Talvez essa venha ser a postagem cuja opinião de voces seja a mais importante em toda a curta história deste blog.
Trata-se de ajudar-me em fixar um posicionamento sobre as afirmações contidas no último livro do cientista baiano, Elsimar Coutinho. O livro busca dentre outras coisas ressaltar o resultado de 20 anos de pesquisas, no campo da medicina, no que diz respeito ao controle da natalidade.
Nestes anos, afirma Dr. Elsimar, ele e sua equipe ajudaram a evitar cerca de 3 milhões de gravidezes indesejadas. Para ele 30% disso seriam abortos que resultariam em algum problema para as partes envolvidas, o que o leva a crer haver salvo muitas vidas.
Quando avalia que impediu que crianças pudessem ser abandonadas à própria sorte e que dessas, um grande número descambaria para o mundo do crime, entende também haver contribuído para a redução da criminalidade.
Aponta que, quando iniciou o trabalho, Salvador era a sexta capital mais violenta do país e o Estado da Bahia o nono. Esses dados são baseados em estudos da UNESCO e que nesse últimos vinte anos, foi sendo publicado até 2004.
Na última publicação do organismo da ONU, Salvador havia caído para a vigésima segunda e a Bahia a décima nona posições respectivamente.
Tomando como verdade absoluta a afirmação do Dr. Elsimar, é insofismável o argumento que facilmente decidiria a dúvida para a qual peço a opinião de voces.
O que me deixa assim, digamos, confuso é saber porque o Dr. pode estar tão certo se ele próprio nasceu numa família de sete filhos, em Pojuca, que além dele, que eu saiba, não revelou outro gênio da raça. Se a sua senhora mãe o evitasse, teríamos aqui hoje um caos instalado pior do temos ? O nosso problema jamais poderia ser tratado apenas com dados estatísticos. Sem piadas infâmes, o buraco é mais embaixo.
Não sou contra o planejamento familiar, sou contra a condenação do pobre à pobreza. A limitação da quantidade de pobres para evitar a limitação da pobreza.
A Índia tem um bilhão de indianos e mais pobres que o Brasil tem, e por alguma razão eles não se matam gratuitamente como nós.
Na China mesmo com o controle de natalidade, cujo êxito passou por programas desenvolvidos pelo próprio Dr. Elsimar a violencia não chega nem à sombra do que é a nossa e lá vivem mais de dois bilhões de pessoas.
Essa postagem quem vai me ajudar a concluir serão voces. Com a palavra, o leitor.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

NOTÌCIAS DO FRONT

Desde a última quinta - feira, portanto três dias, estive fora do ar por uma gripe que não é aquela do porco mas que machuca. Sofro de sinusite e estive em contato com muita gente gripada e acabei vencido. A preguiça é o pior sintoma e aí, nem que eu tivesse muito a dizer escreveria.

Desde o dia de estréia do REDBLOG não houve registro de maior número de comentários em nenhum outro texto, como naquele publicado no último dia 12 com o título MERCADO AMPLIADO. Oito pessoas se manifestaram de alguma forma, o que deixa o autor hiper-satisfeito, com hífen ou não, porque uma das finalidades desse negócio é estimular a discussão.
Lamento que a polêmica tenha sido o fio condutor das manifestações e que me perdoem as leitoras indignadas , com certa razão, por haver feito, de um comentário verdadeiro de um amigo, uma vitrine para expor conceitos que as fizesse ter em mim a imagem de alguém tão vulgar e grosseiro.
Da mesma postagem, recebi via e-mail e telefone fortes congratulações e mensagens de apoio, o que por certo serve apenas para alertar as queridas amigas e leitoras que há um risco de todas elas atentarem contra mim, quando apenas posso ser veículo de pensamento mais comum do que se imagina.
Outra coisa que julgo importante ressaltar, é que não gosto do rótulo que o GOOGLE criou, definindo os leitores do blog como seguidores. Pessoas devem escolher por muitos fatores o que ler e onde ler. O grupo aí do lado da página é composto por amigos, conhecidos e até colegas de trabalho. Apenas quatro ou cinco vieram pela internet e por opção passaram a figurar como seguidores pela nomenclatura imposta. Nenhum de voces é seguidor de nada, as opiniões, conceitos e palavras são de total e inteira responsabilidade de quem escreve. Sei de gente que não entrou aí por achar que ser "seguidor" correspondia a me seguir, como fizeram os servos do pseudo líder Jim Jones, o que é de uma ignorância rasteira.
Meus leitores, amigos ou não, me honram e me estimulam com a sua presença e participação cada vez maior.
Quero ainda oportunamente chamar a atenção de voces, que quando o assunto tratado na postagem tiver um caráter, social, político até econômico sua participação é importante porque quero ouvir o que cidadãos comuns, como eu, pensam. Não sendo especialista em nada, tenho apenas a dizer o que penso da forma como a notícia chega aos meus ouvidos. Nada além disso.
O exercício da cidadania consiste nessa forma de esbravejar, comentar, indignar-se. Calar não nos ajuda em nada, só nos nivela por baixo, iguala a todos que, ficando mudos aceitam sim, porque quem cala consente.
Beijos a todos

quarta-feira, 15 de julho de 2009

DOCE CONFLITO

Alterei o quanto pude o horário da postagem, porque as coisas não andavam auspiciosas para blogueiros.
Cansei de Sarney, não adianta falar de Lula porque o povo gosta e pronto, estava quase falando de um macarrão à gorgonzola que sei fazer, mas que também não é mais nenhuma novidade, quando a Internet salvou meu dia.
Imaginem que o Hamas, aquele grupo ou partido palestino que vive desde que o mundo é mundo em guerra com Israel, ( o estado de Israel foi criado após a segunda guerra pela ONU, dentro do que já foi a Palestina e hoje os palestinos é que lutam pelo reconhecimento do território e devolução das áreas ocupadas pelos judeus. É uma confusão tão grande, que só eles é que sabem mesmo como é toda essa história).
Bem, como ia dizendo, o Hamas acusa as forças de inteligencia de Israel de usarem balas e pastilhas afrodisíacas para seduzir e agitar a jovem população palestina, especialmente as mulheres.
Aí eu fiquei intrigado. Tudo bem que voce dê à moça um estimulante, um viagra feminino, mas o que garante que ela vai querer pular o muro, atravessar a fronteira, cerca eletrificada, o escambau e dar justamente pro inimigo ?
Não seria mais fácil se desenrolar da burca e oferecer-se ao amigo palestino logo ali?
E se a coisa funcionar não estaria Israel contribuindo para o nascimento de mais palestinos, leia-se homens bomba ?
Pode ser também que, quando o remedin tiver fazendo efeito e o povo todo estiver no bem bom, eles invadam lá o território e acabem logo com essa futrica.
Agora, se o intuito for miscigenar para acabar com a divisão religiosa, os atentados e todos os males de uma guerra, ponto pros caras.
Onde vai parar esse mundo, exército distribundo pastilha e bombom para seduzir adversário. Até a guerra já foi coisa mais séria.
Daqui a pouco vão inventar alguma coisa aqui parecida. É só esperar. Meu medo é que os nossos que já f.... demais com a gente. Acho que usam uma mistura de catuaba e amendoim, com gotas de óleo de peroba. Sabemos o efeito disso !
De qualquer sorte, mesmo que seja mentira, a nota do Hamas, salvou meu dia !

terça-feira, 14 de julho de 2009

DE ANA REBOLO À SUMMER NELSON

Em 1975, valha-me Deus, eu já tinha 14 anos, portanto a trinta e quatro anos atrás, quando fui presenteado com um mês de férias em Caetité, terra de minha mãe, linda cidade que fica a intermináveis 700 km distante de Salvador.
Eu era aquele menino amarelo, magrelo, feio e de óculos, quase sacristão de missa de tanto que minha mãe e avó me levavam. Pensei que a viagem iria resumir-se a visitar tia velha, ir ao clube do Banco do Brasil e jogar bola com primaiada. Não foi não.
Parece que fazia parte dos planos de meu pai, e eu não sabia, que os primos mais velhos me levassem á Rua Nova, conhecida zona de meretrício da cidade e me apresentassem uma fruta nova, já que do pequi eu não gostei. Mas não foi não.
Os mais velhos encarregaram Zé Belisquinha e Luis Cobrinha para a missão de me levar ao encontro da verdade, e a pessoa na cidade, habilitada para o fim, era uma senhora chamada Ana Rebolo.
Responsável por isso há quase duas décadas, dona Ana tinha fila na porta. Era menino que não acaba mais, de cabeça baixa, com um cruzeiro na mão suada de um misto de ansiedade e medo, esperando a vez para entrar num casebre de dois cômodos, separados por uma cortina de pano, onde por detrás se via a cama de mola um penico e um candeeiro aceso.
Gorda e desgrenhada, era cheirosa e até onde podia, carinhosa. Como eu não sabia o que fazer nem por onde começar, ela subiu em mim e se sacodia, gemia e gritava me fazendo sentir, ou pensando que me fazia sentir, o maior garanhão da redondeza, até o serviço terminar, coisa que não demorou muito porque ela sabia o que tinha que fazer.
Nunca mais esqueci o caminho do brega. Tinha dinheiro, era prá lá que eu ia, gostava de tudo, das moças, das músicas, do clima e da honestidade.
Claro que não conheci Summer Nelson, na minha época essa sorte não tenho notícia de contemporâneo que tenha tido.
Pois assim foi ontem no Estado americano de Idaho, quando uma babá, de um pobre menino de 14 anos, foi denunciada pelos pais dele, por haver feito sexo com o sortudo por sete meses, três vezes por dia, que tortura. A "criminosa" é loira, peituda e tem 28 anos.É o dobro da idade do garotinho que já tem cabelo até na orelha. É de ter dó dessa criança !
Não sei se sinto raiva de dona Ana ou inveja do menino, mas isso serve prá a gente ver como o tempo muda.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

A SORTE

Assistindo ao espetáculo que foi a comemoração dos 50 anos de carreira de Roberto Carlos, fiquei imaginando a sorte que esse cara deu. Nasceu num estado espremido entre a ufanista Bahia e o maravilhoso Rio de Janeiro, acidentou-se numa linha de trem, perdeu parte de uma perna e lançou-se cantor, numa época em que os Beatles brilhavam e a bossa nova surgia. Só lendo a biografia de Tim Maia, escrita por Nelson Mota para entender, do prisma do azar do outro, como as vidas se cruzaram e tomaram rumos opostos, tendo Tim Maia uma qualidade melódica e vocal muitas vezes superioor à de Roberto.
Um escolheu ser o bom rapaz, falar ao coração e o outro "bad boy" metido em tudo o que se pode ingerir, tomar e cheirar. Teve outra sorte.
Caso parecido se quisermos partir de Graciliano Ramos ou Euclides da Cunha, teve "o cara", pois quem sabe o que se passa no sertão, tem a estatística como parâmetro de quantas crianças sobrevivem em 1000 nascimentos em condições de pobreza e ele está aí para desmentir isso.
Na fase adulta da vida, enfia a mão num torno e só perde o dedo mímino, justo aquele de menos uso, mas capaz de conferir-lhe aposentadoria precoce para fazer o que bem entendesse com os outros nove dedos, sem se preocupar com horário.
Consegue espaço, vez e voz e após tentar por três vezes, chega à Presidencia da República.
Depois que ele assumiu, conservando o superávit primário sobre o PIB (poupança), criado pelo antecessor, gerencia o plano econômico também criado pelo antecessor, chove na cabeceira dos grandes rios como não chovia a pelo menos dez anos e a crise energética foi assunto do governo,passado, encontra uma máquina estatal enxuta pelas privatizações feitas pelo antecessor, não constroi um único grande hospital, não revoluciona a educação, não moderniza um porto, não constroi uma nova rodovia, nem as duplica, não cria uma alternativa ao uso do petróleo ( o Álcool não é invenção dele), não pacifica a sociedade, não apresenta um número de queda dos índices de violência, mas assiste ao momento de maior circulação de riqueza e abundancia de dinheiro que se tem notícia na história da humanidade e levado pela enxurrada de euforia especulativa, apresenta como sua a prosperidade que se alastra no consumismo desenfreado dos últimos dez anos, sete dos quais ele esteve aí para ver e desfrutar nas suas viagens.
Sou também uma pessoa de sorte por tudo o que tive na vida, pais, mulher, filho e amigos e como não entendo nada de política, só posso é comentar como esse "cara" tem sorte.
O visanet, criado por ele para enfiar o Banco do Brasil no esquema da distribuíção de verba publicitária para o PT via Marcos Valério e que seria a única forma de prender os mensaleiros, nessa reviravolta da crise econômica, aparece como forte instrumento de crédito e salvação da lavoura. Até quando faz besteira a sorte sorri para o" cara". Vá entender !!!!

domingo, 12 de julho de 2009

MERCADO AMPLIADO

Esta postagem começa sem título diante da dificuldade que tive até agora, em encontrar a terminologia adequada à descoberta fantástica que meu amigo Antonio Carlos fez após uma festa em que esteve na semana passada.
Sem precisar ter estudado biologia, medicina ou outra ciencia qualquer que tente explicar porque macho é diferente de fêmea, resolvi desde sempre a crer ser vontade de Deus e pronto. Prá mim, o sexo oposto sempre foi prá ser caçado, abatido, dominado , comido com calma e jeito para ser recomido até empapuçar o estômago.
Claro que se der cria ou nào abusar muito, pode ir ficando com a gente, que somos uns bobos e pegamos afeto fácil. Daí os anos passam, as despesas aumentam e a relação custo benefício se desquilibra e para nosso desespero transforma-se no ato sexual mais raro e caro do mundo. Mas tudo bem é assim que as famílias vão se constituindo desde que o mundo é mundo.
Voltando a Antonio Carlos, ele lembrou em ótima hora nosso comportamento de trinta anos atrás que num nível profissional de exigência, buscávamos as mais novinhas , as mais durinhas, as mais cheirosinhas, as novilhazinhas boas de exposição seja na praia , seja na noite, e aí obviamente elas estavam na faixa que ia de 17 a 23 aninhos bem vividos e distribuídos.
Passou dos 25 só fisgado por uma paixão irrefreável, digna de levar o idiota para o altar. De 30 a trinta e cinco só se fosse prá bancar a gente. Daí prá frente era parentesco e respeito, eu mesmo não acertava conversar sem chamar de senhora, não tinha jeito exergava logo dia Estela, Tia Raimunda, Tia Gisélia e outras.
Quando estava a perigo e sem dinheiro, ou para apenas uns dois choppes, ia sempre ao Barravento e lá era quase certo, tinha pelo menos umas quatro ou cinco "coroas"carentes loucas pra tirar a ferrugem, falar mal do ex marido e enfiar a língua na orelha da gente. Saia babado mas de barriga cheia. Pegar mesmo só uma vez, porque ïn vino véritas"e sem escolha fui abduzido até o apartamento na Princesa Leopoldina .
Voltando a Antonio Carlos pela segunda vez,ele pasmo concluiu que, com o passar do tempo a faixa de escolha e margem de consumo foi se ampliando. Fundado na abundancia de dinheiro que leva consigo, coseguiu manter uma base em torno e de 25 estendendo seu campo degustativo até os 45, pelo menos assim pensava até a última festa que foi, quando percebeu-se cercado de várias mulheres na faixa de 50 anos, as quais ele notou, para sua alegria, que seria capaz de comer qualquer uma delas alí. Estava então criada uma nova faixa.
Quem jamais pensou em um dia comer uma senhora de 50 anos, era até pecado, lembrava a mãe da gente, cruz credo !
Não sei se uso o termo SPREED, usado por Antonio Carlos para dar o título à postagem e que serviria , no entender dele, para estabelecer limite á faixa de transito em que nossas ações se enquadram.
Busquei ser o mais técnico possível para não ferir suscetibildades até porque, o que menos preciso é confusão com feminista.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

DEUS QUE ME PERDOE

Essa história tétrica de que perde-se o amigo mas não se perde a piada, mistura, dentre outras coisas, o risco de se perder o amigo e a piada não valer o risco.
Prefiro conservar os amigos mas, certos fatos , mesmo um tanto quanto lúgubres, melhor dizendo fúnebres, trazem sem querer uma espécie de humor imbutido que fica difícil não resvalar para a piada.
Nosso já frequentador assíduo do REDBLOG, Ronaldo Nazário, volta hoje a ser notícia não pelos gols, 3,5, que fez contra o Fluminense do antipático Parreira, ou de mais uma das suas declarações ou até farras. Volta a ser notícia porque é inevitável comentar que faleceu ontem, vítima de complicações decorrentes da AIDS, o travesti de 22 anos conhecida por Andreia Albertine.
O falecido foi aquele que filmou Ronaldo na madrugada num motel, se disse agredido, insinuou que o craque queria mesmo era dar uma cheirada, e não era no seu cangote, depois desmentiu tudo, num gesto a meu ver digno, já que o Ronalducho não tem nada que o ligue a drogas químicas. Drogas físicas já não se pode dizer já que a tal Andreia era feia de doer.
Pois bem, depois de ler a notícia fui fazer, como de hábito, um passeio pelos comentários à mesma e encontrei uma ferina constatação, certamente feita por algum torcedor adversário mas que é justamente a justificativa para se fazer graça com a morte dos outros. Senão vejamos : Quando comia Suzana estava no Barcelona ; quando era Milene no Real Madri ;Cicarelli no Milan. Prá poder comer Andreia teve que ir pro Corínthians. Ou terá sido o oposto ?
Que esta história é prato feito prá esses caras que não respeitam nem paixão de Cristo, isso é. Vamos aguardar Zé Simão, Casseta e Planeta, CQC e os infames do Pânico.
Deus que me perdoe !

quinta-feira, 9 de julho de 2009

NADANDO ENTRE PIRATAS

É tão antiga quanto verdadeira a frase de domínio público que diz que atrás de cada inglês existe um pirata. Com séculos de atraso, os famintos da Somália mesmo sabendo que não construirão um Império como o Britânico, tentam toscamente aplicar no presente fórmula de sucesso do passado.
Assim, do alto da espertize na pilhagem, o Financial Times, prestigioso jornal inglês, dedicou esta semana um suplemento especial de quatro páginas ao Brasil.
Os ingleses, chegaram aqui acompanhando a esquadra fugitiva de D. João VI, em troca de tudo o que pudesse levar em madeira, ouro e o que mais pudesse um navio carregar, além de tratados de comércio unilateral, facilidades, gratuidades e toda sorte de vantagens servis que nos acostumamos a dar desde então.
Pois agora, somente agora, o jornal dá conta em letras garrafais que o Brasil " Começou a ser levado a sério", pela comunidade financeira internacional.
Levaria aqui mais linhas do que meus leitores gostariam de ler para explicar que são 15 anos de ajustes na política monetária, na construção da estabilidade bancária e no fortalecimento da independencia do Banco Central, antes que os tolos acreditem ser milagre de quem só governa a 7 anos.
O Brasil continua exportando mais minérios, laranja e carne que componentes eletrônicos e bens de valor agregado, mas nossa pauta exportadora cresceu e muito, mas também não foi milagre de 7 anos para cá.
O suplemento enfatiza o sucesso do Brasil no enfrentamento da crise e a confiabilidade de nosso mercado financeiro. Os lords não sabem é que para quem vive nú, descalço, sem escola, sem hospital, sem dente, sem polícia sem esgoto, a crise mundial é perene. Não teve data para começar nem terá para terminar. O vento sobra uma marolinha desde Cabral.
Nesses ítens o Brasil não mudou nada nos últimos 500 anos. As mesmas doenças tropicais continuam matando e graças ao aumento da população, outras como a leptospirose e a dengue só fizeram avançar.
O suplemento inglês acerta quando diz : " Persiste do VELHO BRASIL estradas e infra-estrutura dilapidadas, motoristas barbeiros (acho que queriam dizer bêbados e impunes), crimes violentos e a ACEITAÇÃO DE QUE A CORRUPÇÃO É ALGO NORMAL". Segue mais à frente, "É também um Brasil onde os velhos e maus hábitos perduram e onde os políticos ainda se contentam em empurrar os problemas fiscais com a barriga". Para finalizar comentam a crise do Senado dizendo, "É difícil conciliar uma ganância e uma corrupção tão antigas, com o Brasil moderno e estes dois Brasis coexistem".
Está aí então, quase tudo dito.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

QUALIDADE DE VIDA

O alfabeto continua o mesmo, as letras também e porque QUALIDADE DE VIDA, apareceu assim do nada, como uma novidade, repetida como um mantra ?
Pode parecer irrelevante e era mesmo, pelo menos para mim, mas hoje pela manhã, não sei ao certo em qual jornal televisivo, ouvi a expressão por três vezes na mesma matéria, dita por duas pessoas, uma no estúdio e a outra entrevistada na rua.
Pense bem, quando Ary abria a porta de sua casa na Ladeira do Alvo, para jovem ir á Faculdade de Direito na Piedade, atravessava a pé a Saúde e deixava atrás de si a Baixa do Sapateiro. Usando terno e gravata, cruzava com outros assim vestidos e até de chapéu. À tarde na esquina da praça municipal, ao lado do Palácio do Rio Branco via o povo parar para discutir política, a morte de Lauro Farani, a posse Régis Pacheco, Getúlio Vargas e suas rusgas com Carlos Lacerda. À noite, podia pegar uma polaca, dançar no Tabaris e voltar para casa andando ou de bonde e se contraísse moléstia venérea curava com Tetrex.
Não sendo da época mas sabendo de ouvir dizer, citei meia dúzia de coisas sem preocupação com pesquisa cronológica portanto, livro-me dos auditores históricos de plantão. A idéia aqui é outra.
Pense bem, Paulo sai hoje do seu apartamento no Itaigara, cercado de câmeras, dois vigias noturnos, pega o seu carro com vidros escuros e escolhe o roteiro, para chegar ao trabalho, que demore menos de 30 minutos. Um dos dois celulares que leva consigo irá tocar a qualquer momento e alguém do outro lado perguntará se ele está podendo atender. Come num restaurante à quilo e quase sempre aquilo. Não conheceu a praia de Piatã sem as barracas/moradia, não sabe quem foram as polacas, nem onde ficava o Rumba Dancin, vive apavorado com medo do que come e de quem come. Mas sempre que pode diz que o importante é...QUALIDADE DE VIDA !!!!
Poderia fazer deste texto um livro, o tema que parece irrelevante é na verdade uma instigante reflexão sobre as frases que colocamos em nossa boca, postas pelos modismos que assimilamos nos esquecendo de que a verdadeira qualidade de vida está na simplicidade com que levamos a vida.
Falar de qualidade de qualquer coisa requer conhecer sobre o que realmente é qualidade. De vida então...

terça-feira, 7 de julho de 2009

DE CARA PRÁ CARA

Recentemente prestei aqui uma homenagem ao jogador Ronaldo, o Nazário, por ocasião de um gol antológico que serviu de mote para ilustrar a tenacidade e humildade com que este rapaz enfrenta seus obstáculos na busca em continuar a fazer o que gosta.
Ele está aqui novamente, embora não venha apresentando mais o rendimento de jogos passados mas, marcado pelo destino, participou da segunda conquista importante para o time em que joga e por essa razão, foi convidado a participar do programa Bem Amigos, do canal Sport TV.
Cercado pelos filósofos, sociólogos e achólogos em que se converteram os outrora comentaristas, Ronaldo dentre outras questões relevantes do mundo da bola, foi instado a pronunciar-se sobre queixa que fizera à imprensa de que o período de concentração era demasiado longo e restritivo da liberdade e assim sendo, improdutivo porque massacra o jogador.Citou que chegaram, ele e o grupo a passar 44 dias "presos"em Itú, antes da final da copa do Brasil conquistada, talvez por isso, pelo time dele.Para finalizar, atribui esse exílio ao fato do Corínthians não possuir um CT (centro de treinamento) adequado, com hotel/alojamento, enfim, a estrutura digna para um clube grande, cheio de tradição, títulos e da maior torcida do país do futebol.
Acostumado com os grandes e organizados clubes por onde jogou mundo afora, nosso craque está coberto de razão. Menciona o São Paulo, clube rival, como exemplo nacional de estrutura e nisso também está certo, mas sua felicidade em tocar no assunto acaba aí.
Ao vivo e a cores,com o poder midiático que tem, ao invés de fazer como Pelé que pediu pelas criancinhas dessa terrra de ninguém, Ronaldo faz um apelo ao "cara", na qualidade de torcedor ilustre, que intermedie, junto a empreiteiros a construção de um CT decente para o Timão.
Será que Ronaldo não tem apenas a voz de uma criança e seu nível de maturidade também é infantil, a ponto de não saber que doces empreiteiros não fazem obras de graça , só para agradar Presidentes folclóricos ?, será que Ronaldo não foi informado que a diferença entre o Timão e São Paulo é de probidade, planejamento, seriedade e respeito ao dinheiro do torcedor ?, será que Ronaldo não foi informado que em 2010 vai haver uma eleição para substituirmos "o cara" e que
uma sugestão dessa equivale a levantar a bola prá ele chutar ?, isso sem perguntarmos o que fazer com todos os outros clubes com situação igual ou pior.
Ronaldo, como de resto, a solução para os problemas do Corínthians passa pela polícia, pela justiça e pela cadeia. O Presidente a seu turno precisa explicar, dentre outras coisas, o apoio que presta a Sarney e porque rasgou sua biografia antes de meter-se em mais nebulosidades envolvendo empreiteiros.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

MAIS DO MESMO

É assustador perceber a velocidade do tempo. Estamos quase no final de sete, dos oito anos do governo de Lula. Se pensarmos que o mesmo ocorreu com Fernando Henrique, lá se vão dezesseis anos de nossas vidas.
Assim, tendo quase cinquenta, fica logo ali, num passado recente, a posse de Collor e sua troupe,assim como sua queda, a República do pão de queijo de Itamar Franco e em cinco ou seis linhas percorremos metade do tempo que vivemos.
Ciro Gomes disse hoje num programa de rádio que está com cinquenta e um anos.Assim, julgando-se maduro o sufiente pleiteia ser candidato a Presidente em 2010.
Enquanto o carro não chegava ao destino fui ouvindo e ao mesmo tempo me lembrando como saudei esse contemporâneo, apenas três anos mais velho,como uma verdadeira novidade da política, com sua postura didática, sua experiência de sucesso como governador do Ceará,sua fabulosa memória aliada a um gostoso destempero verbal e as vezes hiperbólico, tudo fazendo crer que, uma nova geração de políticos ou uma nova forma de fazer política estaria ali surgindo após o vácuo de lideranças porque passou o país no período do regime militar.
Ciro hoje é deputado federal,anda lá misturado no meio daquilo, sem destaque sabido, sem grandes aparições no plenário, sem nenhum discurso de relevo contra os desmandos do Legislativo, parecendo estar à sombra numa sinecura à espera de salário melhor.
Não é nem será o candidato do Governo,seu PSB não tem fôlego para manter uma candidatura própria, precisa estar apoiando o Presidente e discursa com menos enfase semântica e mais jargão popular como se enfiasse o sapato na lama e tomasse pinga de cócoras.
O ouvi falar de salário mínimo, invocando a era Getúlio Vargas que elevou o patamar do salário a quase mil dólares, para dizer que Lula avançou de 70 para 210 mas que ainda é pouco, mas não diz como, assim como cita números para falar de inclusão universitária e nível de empregos.
Quando assistimos Lula blindar Sarney e no dizer de Noblat, deixar o Pt apenas como um quadro na parede, percebemos que vinte anos depois, Ciro não será O Grande como se esperou um dia,mas apenas um pouco mais do mesmo que estamos cansados de ver.

sábado, 4 de julho de 2009

CURTA DISTANCIA

O REDBLOG, fugiu de Salvador e foi descansar em Aracaju, capital do vizinho e pequeno estado de Sergipe.
A distancia é curta, a viagem é rápida e se feita pela linha verde, fica mais segura se evitarmos a BR 101 e optarmos pela via alternativa de Abaís, Praia do Saco, Mosqueiro. Primeira surpresa é a ponte que está em fase final de construção e substituirá já em dezembro, a balsa que faz a travessia do rio em 15 minutos mas parte a cad 45 o que atrasa um pouco a viagem.
Hotel de excelente padrão, com quatro meses de inaugurado, tudo novo. Beira mar, atendimento cordial, decoração pecisa, utiliza elementos naturais alinhando conforto e modernidade já que os quartos com aquecimento solar e tv de plasma, nos oferece a garantia de que o serviço será de boa qualidade.
A postagem não tem esse fim e sim o de convocar os leitores a visitar Aracaju e na volta parar na praça Municipal para xingar o Prefeito de Salvador.
Nossa cidade não existe. Aracaju está tendo um crescimento ordenado, vias expressas com asfalto de excelente qualidade, obras de infra estrutura urbana, gente limpa e educada e aqui, nota-se a presença do poder público.
São mais de dez quadras de tênis repletas da alunos, jogando em tres tipos de pisos diferentes.Pistas públicas de patins, skate, ciclovia etc.
Feira de artesanato organizada e limpa sem arrocha, pagode e pivetes. Oceanário do projeto Tamar no meio de um calçadão repleto de resturantes para todos os gostos e bolsos. Sensação de segurança, barracas de praia e não escombros favelizantes.
No centro, prédios residenciais de altíssimo nível, arborização, ordenamento urbano, enfim, uma capital de Estado, não de província.
É preciso ressaltar que os Sergipanos não têm um Ministro de Desenvolvimento Regional que nasceu aqui, enquanto nós da Bahia o temos como alter ego do próprio prefeito o que vale para nos advertir do perigo em vir ser governador um dia.
Voltando de Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro sempre chegava com vergonha de ser de Salvador. Essa sensação agora vai ocorrer ao voltar de Aracaju.
Está então mais curta a distancia que nos separa do Amapá de Sarney.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

ZICA DE POBRE

Vá pro diabo que vier me condenar com discurso moralista e politicamente correto, que aliás é o negócio mais imbecil que eu já vi, pois só serve para mascarar conceitos e preconceitos, aliviando culpas sem ajudar em nada.
Mas eu ia dizer mesmo do azar de pobre. Pobre é aquele sujeito que sofre quando o momento é de hiper-inflação porque, quem tem conta em banco recebe algo para aliviar a perda e remunerar o capital e ele nem conta tem. Quando o quadro é de inflação tem que sair correndo para comprar rápido antes que suba o preço e aí é que não compra mesmo. Quando a economia se estabiliza, dinheiro pouco rende pouco e pobre tendo pouco ou não ganha ou ganha pouco.
Assim explicou hoje cedo na TV dona Míriam Leitão, com aquele ar de quem tá cagando prá pobre, sobre os efeitos dos 15 anos do Plano Real.
Na reportagem seguinte o tema é a queda de um avião na África e logo todos assustados pois era um Airbus, só que dessa vez um A 310, reparem que o que levava os ricos era A 380. Se um com 70 qualquer coisa à mais, já tá caindo...imaginem o risco nesse. Mas o fato é que veio a se saber depois que o avião cheio de pobres, estava proibido de voar na Europa, tinha 19 anos de uso e em algumas poltronas nem cinto de segurança tinha. Mas prá serve mesmo cinto em avião ?
Só sei que a tragédia tá aí.
Pobre leva a vida pedindo a Deus chuva, quando ele resolve atender de vez , dá no que deu no Nordeste agora. No Titanic foi assim, não tinha bote salva-vidas para os pobres e eles só serviram para ampliar as estatísticas.
Não é de hoje que se diz que pão de pobre cai com a manteiga prá baixo. Confusão na saída do estádio, polícia desce o cacete, só pega em pobre, o estádio desabou, foi na numerada ?
Faça sua lista e veja como eu ví depois desse A310. Zica de pobre é fogo !