Enquanto a chuva cai, um friozinho gostoso traz preguiça prá junto da gente e a cama quentinha nos convida a ficar mais um pouco. Como o sol custa a sair, o dia visto da janela parece madrugada mais já vai alto, são quase oito horas e desde muito antes, o mundo já se agitava lá fora, vento frio, chuva fina e a lida inclemente já posta nas mãos de muitos ainda com tudo escuro.
De posse do controle remoto ligo a tv para saber das novidades. São poucas, algumas tristes e ensanguentadas, outras carregadas de ameaças, riscos inflacionários e elevação da inadimplência (ôba). O jornal da provincia parece pré gravado, fala da previsão óbvia do tempo em dias de inverno, mostra como está o trânsito sempre na mesma parte da cidade, mostra as vagas do SINE, entrevista algum devoto em porta de Igreja no dia do santo do dia, fala de vacinação, dá notícias dos nossos clubes de futebol, um perdeu para o ASA de Arapiraca e o outro para o 13 de Campina Grande e antes que eu conseguisse espantar o sono de vez o jornal eletrônico já acabou.
Cambaleante, entre uma espriguiçada e outra, presto atenção ao noticiário nacional.
O de hoje serviu para tudo, espantar o sono, fazer abdominal, ginástica facial, desopilar o fígado e relaxar. Rir assim de manhã deve fazer mal à saúde.
Pelo amor de Deus me respondam onde mais no mundo, senão no Brasil, uma jornalista pode, num domingo à tarde, numa delegacia do interior, que abriga 22 presos, ao procurar o delegado, não encontrá-lo e fazer a entrevista com o único cidadão ali presente para explicar o paradeiro não só do delegado como do carcereiro e dos policiais e ver que o sujeito trajando bermuda jeans, camisa de manga curta e sandália de dedo, sentado num banquinho à porta do órgão da Secretaria de Segurança pública do Estado, não só não sabia onde estava ninguém, como era um dos 22 que deveria estar alí custodiado atrás das grades ? Isso mesmo, eu ví hoje pela manhã, um preso gordo e tomado banho, alimentado, respondendo perguntas como se estivesse na porta da pensão de Dona Nhãnha e era na porta da delegacia.
É ou não é prá relaxar ? Que venha a Copa, as Olimpíadas o escambau, o Brasil não estará pronto mesmo, então que venha tudo logo que eu quero mais é morrer de rir !!!!!!
terça-feira, 13 de julho de 2010
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sei não se é pra rir ou pra se enraivar...mas também de que adianta dizer que é um absurdo,uma falta de vergonha??
ResponderExcluirEu quero é aproveitar a vida enquanto posso,porque eu deixei de acreditar na humanidade a tempos....
hoje é policial matando juiz,marido matando amante,ganhando 350mil por mês..copa de marmelada....crack dominando a cidade,marginalidade crescendo em progressão geométrica,aritmética e em qualquer outra coisa do gênero...o que fazer? votar pra mudar? não muda mesmo,então,é aproveitar a vida mesmo....
abraços
De volta heim meu amigo ! Estávamos saudosos !!!
ResponderExcluirCom essa postagem de hoje me dá é vergonha em comentar tamanho absurdo com alguém. Entra governo, sai governo e o descaso com a segurança pública não muda. É tanta sem vergonhice que fatos como esse tornam-se apenas mais um, nesse cotidiano desacreditado em que vivemos. Onde vamos parar ? Talvez aquela nova dupla sertaneja idônea que surgiu, Bruno e Nardoni, possa nos dizer !!! Forte abraço
Doutor!!!Vou rir.Porque diante desse absurdo se revoltar é perda de tempo.
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