terça-feira, 25 de maio de 2010

SEM SALVAÇÃO ENFIM NA MÍDIA

Bota o Olodum na rua ! Bota as baianas de vestido rendado com jarros de água na cabeça na rua !
Chama os capoeiristas, os vendedores de fitinhas do Bonfim, o malhado do rebolation, a histriônica Ivete e já que a dama roxo e ACM morreram, parece que os símbolos da terra estão todos aí e vamos comemorar !!!!
Após vários anos sem ocupar duas páginas de nenhuma revista de circulação nacional, nossa capital está de novo nas paradas de sucesso.
Seguindo a máxima presidencial de que é melhor falarem mal do que não falarem, SEM SALVAÇÃO aparece, com merecido destaque, na edição desta semana da Revista ISTO É.
O início da matéria é de dar medo em Hitchcock, o mestre dos filmes de suspense, porque de cara, quem se diz sitiada na própria casa é ninguém menos que uma delegada de polícia . Quando li imaginei aquela velha história de dizer que um lugar está tão frio que até pingüim pede casaco, pois aqui em SEM SALVAÇÃO, a coisa está tão feia que até delegado está dizendo "A cidade está sitiada pelo medo, não fico sossegada enquanto meus filhos não chegam em casa".
Numa situação dessas vai-se pedir auxílio a quem ?
A matéria informa que o número de homicídios cresceu 80% entre 2006 e 2008 na capital do axé e do vale night.
Para se ter uma idéia, em 1998 morreram assasinados na região metropolitana, 441 pessoas. Em 2007 esse número chegou a 1787 o que dá mais ou menos, 300% de crecimento.
No mesmo período desafio quem indicar percentual igual de crescimento em qualquer setor da economia, claro que não computados os ingressos para shows de pagode.
Em resumo, está lá na página 64 da ISTO É para quem tiver a cara de pau e quiser contestar, alegando que é matéria com cunho eleitoral.
Para fechar, pergunte aí na rua quem tem medo da violência do Rio de Janeiro ou São Paulo e aproveite para informar que em SEM SALVAÇÃO, em 2009 foram registrados 57,8 homicídios para cada 100 mil habitantes e que isso é 5 (cinco) vezes mais que o mesmo registrado em São Paulo e o dobro do anotado no Rio.
Eu que sempre reclamei que só falavam de verão e carnaval em SEM SALVAÇÃO, vejo que fui injusto pois a mídia vem aqui sim, ver o que é que a BAHIA tem.

6 comentários:

  1. O jeito é entrar para a Igreja Universal e comprar uma vaguinha no Céu, dividida em 72 vezes. Dessa forma, Deus pode esperar até as prestações acabarem para te levar. De qualquer maneira já serão 6 anos a mais de vida.

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  2. Eu tenho até medo em pensar onde nós vamos parar.


    Triste SEM SALVAÇÃO...

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  3. Lamentável !!! E eu que estava pensando em voltar, heim ! Só foi o Malvadeza bater as botas que a cidade degringolou. Aquele, que roubava mas fazia, segurou até onde pôde, mas, antes mesmo de sua morte, a cidade já botava as manguinhas de fora quando se falaava em violência.
    Sabe que por aqui as coisas estão até que, momentaneamente, mais calmas. Confesso que não tenho assistido muito noticiário na TV, mas as pessoas estão menos estressadas. Quem bom.
    Espero que a capital soteropolitana dê a volta por cima e saia dessa estatística negativa onde se meteu. Forte abraço.

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  4. Pega leve, chamar Ivetinha de "histriônica" é de mais.
    Infelismente Salvador está "desvastada" por criminosos. Virou a Cidade sem comando, que Deus nos proteja.

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  5. MV.
    Gritar é também agir. Mas se estamos numa caverna, quem poderá nos ouvir??? Lutamos no dia-a-dia contra forças que nem sequer sabemos de onde emanam. Particularmente,luto todos os dias contra essa situação procurando educar e conscientizar as pessoas com as quais trabalho, formando uma massa crítica mais crítica e atuante dentro e fora de gabinetes da política. Mas tenho contado com muito poucos apoios para tanto, além das forças divinas que me movem para frente nessa batalha que não tem fim. Um deles é o seu. Lhe sou grato por isso!!!

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  6. Triste realidade! O crime organizado antes concentrado no Rio e em São Paulo, hoje está em emigração constante. A Bahia tem merecido suas preferências, em função da fragilidade policial. Essa crescente violência deve-se a falta de trabalho e educação. Necessitamos urgente de projetos alternativos de desenvolvimento com políticas de segurança, saúde e educação juntamente com governantes socialmente comprometidos e competentes. Este é o ponto de partida para a diminuição da violência que tanto tem nos atormentado. Enquanto isso não acontece, oremos.......
    Milena Lisboa

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