Fuçando umas gavetas lá em casa achei umas fotos de uma viagem que fiz a Maceió, cujo ano, ainda bem que não me lembro. O mote para a empreitada era um Congresso Brasileiro de algum Direito desses que eu "estudava" na época. Se não me falha a memória era de Direito do Trabalho.
Até hoje não sei onde fica o prédio onde deve haver sido realizado o tal evento pois, assim que cheguei fui abduzido por um grupo de conhecidos cervejeiros e a prova disso é que da viagem só há registro de praia, lagoa, roda de samba e vista aérea de prato de salgadinho.
Morava lá um colega que, que era funcionário de uma autarquia federal, ou já era o que é hoje, Procurador desta. Vejam vocês, o homem , o mesmo que acobertou fuga de minha noiva para Caixa Pregos, sem o conhecimento da família, me hospedava em Maceió para comigo embriagar-se, sem dar bolas ao Congresso, virou Procurador Federal.
Nas fotos aparecemos inchados de tanta cerveja, shorts colados no corpo e capanga ( tipo de carteira comprida que se levava embaixo do braço ), além do inseparável cigarro entre os dedos. O pior é saber que ela, depois de ver isse quadro bisonho, ainda se casou comigo e a dele com ele.
Eu pesando quase 90 kg e ele um pouco mais alto, quase cem. Era feio de se ver. Eu usava bigode que de tanto esfumaçar de nicotina era meio avermelhado. Dinheiro, quase nenhum, osadia muita.
Este mesmo, hoje douto reperesentante da lei, em ocasião pretérita já havia me acompanhado após um casamento num bar no bairro do Canela, justamente na saída, quando eu comandei um audacioso caso de birro (com subtração de garrafas do bar) além de não pagar a conta, levar, dentro dos nossos paletós, bebidas que serviriam para dita viagem à Caixa Pregos. Saíamos numa pose digna de artistas, de gravata e insuspeitos, quando um companheiro nervoso deixa cair da manga do paletó a sua garrafa. Aí só nos restou sair dali em desabalada carreira até o carro, fazendo nossas noivas experimentarem o nervosismo excitante da fuga cheia de culpa.
Em outra ocasião, assim digamos, procurando onde ir, de tanto alardear para as meninas o quão curioso era o âmbiente dessas casas de strip-tease, resolvemos assistir um show erótico ( isso tem quase trinta anos) e após muita insistência, conseguimos convencer as meninas e levá-las para conhecer o "Pigale", moderna casa noturna da época, com a garantia de sigilo total.
Entrei antes, disse ao gerente tratar-se gente de nível, que a curiosidade era sociológica e que não ficaríamos mais de meia hora. Assim foi, nem a entrada nos foi cobrada. Após meia hora, nós sete saíamos de lá incólumes e com uma história dessas para partilhar para sempre.
Esse homem, assim como eu, beirando os 50 anos nem sabe que tenho um blog e muito menos que foi personagem hoje dessas lembranças, embora por tudo o que vivemos tenha sido escolhido meu padrinho de casamento.
terça-feira, 18 de maio de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)

Doutor!!!Como é bom ter boas lembranças e grandes amigos.Isso é sinal que devemos ter fé e acreditar que dias melhores viram.Recordar é viver!!!
ResponderExcluirQuem diria heim !!!! Fico imaginando sua amada correndo, descendo ladeiras do Canela.....ahahahaha
ResponderExcluirInacreditável !!!
O que o amor é capaz de fazer heim !!!!
Soube que em Cuiabá tem umas casas.....