A única questão que desejo levantar aqui é sobre a obrigatoriedade do uso da tatuagem. Lamento que esse blog não seja muito lido. Se fosse, choveriam justificativas, explicações, enfim eu teria material à partir do qual poderia concluir o porque dessa febre global.
Quando eu estudava Direito na Universidade, quase trinta anos atrás, o tatuado era descrito em tratados de Direito Penal como pertencente a um grupo que, isolados em penitenciárias, muitos deles tão perturbados emocionalmente que sofriam de analgesia ( não sentiam dor), chegavam a tatuar o próprio pênis na falta de espaço no resto do corpo.
Além de haver sido criado encarando a tatuagem como coisa de marginal e marinheiro que na solidão do mar fazia isso para passar o tempo ou afogar mágoas, naturalmente tenho hoje dificuldade em assimilar esse exagero mundial em torno da tatuagem e outros tipos de mutilação, às quais entregam-se as pessoas atualmente.
Compreendo as mulheres girafa da África, os botocudos da selva que esticam orelhas e lábios, as japonesas que cortavam os dedos dos pés para deslizarem melhor para seus amos e dezenas de outras manifestações culturais milenares quando o homem não dispunha de muita coisa prá fazer e em nome de Deus fazia o diabo.
Agora, pelo menos prá mim, fica difícil ver gente mais velha que eu que nunca usou nada para manchar a pele, de repente pintar o corpo com flores, bichos e frases, símbolos indígenas e outros de impossível descrição de tão estranhos.
Se estou na fila do banco, na frente tem uma tatuada, se vou a uma repartição pública, lá está a outra toda pintada. Hoje li no pé de uma, MÃE, AMOR ETERNO. Se era para homenagear a mãe porque não colocou na testa ? Tem malhado que tatua Jesus nas costas, é segurança de puteiro e bate na namorada. Tem também quem declara amor eterno e quando acaba o namoro, corre para o cirurgião para jurar amor eterno a outro.
Assim caminha a humanidade, copiando como nunca, voltando ao começo da caverna, pulando como símios mas todos de chapinha, tatuagem, celular e TV de LCD achando que são modernos.
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Doutor!!!Gosto não se discute.Eu tenho tatuagem e uso chapinha.O Senhor é torcedor do Bahia.E ai? alguém já lhe perguntou o porque?Aprender a conviver com as diferenças é obrigação de todos nós.
ResponderExcluirEu particularmente não gosto de tatuagem,concordo até que gosto não se discute,mas cá pra nós,é ridículo nego tatuar o corpo inteiro e sóo deixar o branco do olho de fora,porque junto,até lentes de cores fantasmagóricas eles usam...pra mim isso é aberração (não to falando das tatuagens normais)..
ResponderExcluirimaginem umas carniças dessas quando velhos??? vão olhar pra trás e verem a merda que fizeram!!!
tatuar pra uns é arte,pra outros é autoafirmação e pra mais outros, marcas de gangues...
aprender a conviver com diferenças pode até ser necessário,mas nem sempre conviver com aberrações é obrigação!
Bom, essa moda parece não acabar ! Cresci vendo essas tatuagens nos outros e confesso nunca ter tido vontade de colocar uma. Por que ? Pra quê ? Sinceramente, nunca achei um motivo convincente, entretanto, uma discreta num belo tornozelo feminino, até que achava um charme.
ResponderExcluirHoje, ao olhar pra trás, vejo que essa moda ultrapassa gerações e parece não ficar ultrapassada, entretanto, em excesso acho simplesmente horrível. Não encontro outro adjetivo para atribuir aquelas que tomam um membro, um tronco, umas costas, ou seja, aquelas enormes. Muito mau gosto !
Que tal iniciais de sua família ? Essa é a mais nova novidade que minha mulher inventou de colocar em si, embora ainda não tenha tido coragem, ou oportunidade. Pelo menos é uma palavra bonita: AMAR (Amanda, Mariana, Aglae, Rodrigo). Não serei contra, mas .... Vai entender as mulheres ! Forte abraço