Chove inconsequente na província às vésperas do inverno, caudalosas águas alaranjadas correm dentro de canais, margeiam ruas e encurtam o espaço nas avenidas. A cor barrenta sinaliza a cor do atraso, de um eterno terminar ou por fazer, jaz no barro descoberto a proteção mínima que se exigiria à capital da província.
Nas palavras de Otávio Mangabeira, "pense num absurdo, eleve-o à máxima potencia. Já houve um precedente na Bahia". Há pirracentos de plantão que tiram a frase de Mangabeira e atribuem a um jurista que no início do séc.xx lançava o pensamento ao judiciário do Rio de janeiro, por não conhecer o nosso. Pois o maior dos absurdos contemporâneos apereceu para mim em pequena nota na revista "ISTO É" dessa semana, dando conta que a prefeitura de Salvador gastará 500 mil dos nossos reais na recuperação de pilares de viadutos e passarelas corrídos por .... xixi.
O povo alegre, festeiro, hospitaleiro, sorridente e porco, escolheu a cidade como a maior latrina do planeta e perpetua o hábito de urinar nas ruas. Nas palavras do técnico entrevistado na matéria citada, "a acidez da urina corroe o concreto deixando expostas as armações metálicas, podendo provocar a queda de toda a estrutura". Gente , tem que ser muita urina, todo dia e quem anda pelas ruas de Salvador sabe que é assim, sempre foi assim e que permanecerá assim. Numa pequena foto um pilar serve de exemplo, não fossémos imunes a exemplos e atribuíssemos à nossa baianidade, tamanha vergonha. Só nos faltava então um viaduto ruir, minado vigorosamente pela força do mijo.
Caetano Veloso, à frente de seu tempo, assim como todos que fazem sucesso e não moram mais aqui, disse : "triste bahia, ó quão dessemelhante ".
Axé xixi !!!!!!!!!!
quarta-feira, 22 de abril de 2009
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