Chove notícia. O mundo em polvorosa, a imprensa em polvorosa. Já morreram vinte e seis ou trita e oito pessoas vitimadas pela gripe suína e só se fala nisso.
Chove bala. Morre-se aqui por dia mais que no conflito no Iraque. A maioria jovens. Morre-se por nada, mata-se por um celular ou dez reais.
Chove lei. Lei para desarmar que não pegou, lei seca que não pegou, lei do torcedor que não pegou, lei do Call Center que não pegou, lei do telefone celular que não vai pegar . A lei no Brasil não pega !
Chove no Maranhão a mesma chuva que choveu em Santa Catarina. O estado decretou o mesmo estado de calamidade, crianças com fome, quase dentro da selva, padecem de males assim como padeceram as crianças do sul. Pessoas sem alento caminham com água pela cintura sem casa, sem trabalho, sem comida e sem remédios. O Estado, empobrecido pela oligarquia, não tem recursos, hospitais, defesa civil treinada, parece aceitar uma condição submissa porque assim tem que ser.
Esperei por uma semana que a capa das revistas estampassem o flagelo maranhense mas o flagelo de flagelados não comove ninguém.
Neste final de semana estarão estampando porcos estilizados com mácaras azuis e chapéus mexicanos porque entre nós chove hipocrisia.
De que marola estará tratando "o cara", para que platéia estará fazendo graça esperando a chuva de votos ?
O que realmente chove é cinismo, políticagem rasteira e impostos.
quinta-feira, 30 de abril de 2009
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