terça-feira, 30 de junho de 2009

A MORTE DO PROFESSOR

Tentarei aqui prestar uma homenagem modesta, não daquelas grandieloquentes, típicas dos momentos de luto, onde o homenageando quer muito mais receber os elogios pela homenagem, do que expressar com nitidez a imagem que tem do homenageado.
Hoje morreu um homem, no mínimo, raro.Não porque teve oito filhos, não porque viveu com mesma mulher por 52 anos.
Raro porque enquanto na infância seu irmão mais velho e o pai queriam obriga-lo a ficar forte praticando ginástica ele trancava-se sum sótão e escrevia contos, dizendo estar estudando.
Raro porque aos 16 anos já escrevia comentários sobre obras de clássicos da música como Bethoven, Mozart e outros.
Raro porque era o pupilo mais querido do mestre da sua época, o grande Nelson de Sousa Sampaio, a ponto de mais tarde por este nome em um de seus filhos.
E muito mais raro porque tendo talento para ser o que quisesse, só quis ensinar o pouco que sabia na humildade só encontrada em Sócrates.
O "professor" como gostava de ser reconhecido, não almejou riqueza senão aquela de privar do convívio dos seus, sejam filhos ou amigos. Não tenho notícia de gesto seu que lembre a bajulação,nem de ato seu que beire a desonra, bem como de palavra sua que não tenha tido uma pitada de análise fria da coisa como era ou lhe parecia ser. Não bastava ser assim para ser raro um homem desses ?
O professor era tímido, quase calado mas provocado reagia com energia, jamais grosseiria. Perguntado respondia sempre e pacientemente perdoando a ignorancia do interlocutor. Com calma e ponderação dava conselhos, apontava caminhos , lembrava sempre de situação semelhante para apontar alternativas e assim foi conquistando uma legião de adimiradores da sua simplicidade sempre fundada numa cultura geral impressionante.
Quando a sociedade perde alguém assim, por mais desapercebido que pudesse querer ser, ela fica inevitavelmente mais pobre, mais carente e mais comum.
Hoje os olhos azuis do professor se fecharam para sempre. Pena para os que não viram abertos os olhos de um homem raro.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

O FIM DA ERA DUNGA

Foi inevitável ontem à tarde, assistindo a final da Copa das Confederações não lembrar de Roberto Carlos, não o cantor, mas aquele careca que um dia vestiu a amarelinha. Poderia ser lembrado pelo potente chute de perna esquerda que lhe rendeu contratos publicitários milionários, mas que preferiu ficar , pelo menos na minha memória, pelo gesto de estar consertando a meia enquanto Henri asssinava a sentença de eliminação do Brasil na última Copa.
Foi à partir da lembrança desse idiota e de mais uns quatro ou cinco daquele time, inclusive da ufanista comissão técnica, que percebi, para a minha alegria, que estava ali jogando, com o coração no bico da chuteira, o espírito que levou a nossa seleção de futebol a gozar do prestígio nos quatro cantos do mundo.
A era Dunga, daquele cara do cabelo espetado, capaz de perder a perna mas tirá-la da bola dividida jamais, estava de volta. Ao final, abraçados em círculo, os jogadores e comissão técnica cantavam um grito das torcidas Brasil afora: ô o brasil votou, oBrasil voltou, o Brasil voltou ô !!!
Estava ali sendo escrita a página que pode lhe confundir ao ler o título dessa postagem, mas que faço questão de explicar.
Acabou ontem a idéia de que Dunga representa uma Era de futebol ruim e feio. Dunga será lembrado como o homem capaz de fazer valer, e muito, envergar com orgulho as cores do páis que gerou, projetou e fez a carreira de todos que estavam ali. Dunga colocou para fora os consertadores de meias, os perseguidores de recordes, as focas amestradas que se exibem em treinamentos e só jogam em seus clubes pelo dinheiro que recebem. Joga na seleção quem quer servir ao propósito de representar o Brasil.
Essa parece ser a marca que Dunga quis imprimir e ao que tudo indica, operários da bola a serviço de um objetivo coletivo, vão daqui para a frente, trazer novamente nossas crianças a pedir-nos que compremos camisas da seleção e não mais do Milan, Barcelona e outras porcarias mais que ficam aí pelo caminho.
Se o dinheiro do futebol jogasse, a Espanha e a Itália ou a Alemanha e a Inglaterra teriam feito aquela final ontem. A seleção de Dunga fez um jogo de luta, de raça, de fibra contra um adversário que estava alí por não haver desistido, provando que o sentimento Dunga vale à pena.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

UM DIA PARA COMENTAR

VOLTEI !!!
Sem haver ido a lugar nenhum senão ao mesmo, que sempre vou quando chega a sexta-feira, apenas desliguei a maquininha de postar, pois sempre soube que em feriado prolongado o que por certo não teria era platéia para dividir minha preocupações com o rumo das coisas neste mundo de meu Deus.
Volto num dia particularmente triste, pela morte de Michel Jackson.
O pobre mundo vai ficando cada vez mais pobre. Ontem lia crônicas de Nelson Rodrigues e reconheci humildemente que jamais soube escrever. Nelson também já se foi. Talvez sabendo que tenha restado pouca gente que goste ler.
Voltando ao pop star americano, ví e revi especiais com sua história, suas músicas, sua dança, seus 75 milhões de discos vendidos num só álbum e que hoje mantém-se como a maior vendagem da história fonográfica, suas bobagens, e quem não as faz, sua vergonha e por fim sua decadência.
Ele não gostava da cor da própria pele, de textura do cabelo, do formato do nariz e talvez até do sexo que trouxe consigo ao nascer. Queria ser outro sem perceber que bastava ser apenas Michael Jackson.
Hoje vemos negros do cabelo "pixaim", narizes largos, de bonés, calças abaixo da cintura, com microfones quase dentro da boca, andando no palco, falando ao invés de cantar,enquanto apontam o dedo em riste para a platéia, cheios de dinheiro, brilhantes nas orelhas, cristais nos umbigos e muito ouro (branco) nos pulsos e pescoços. Felizes, reconhecidos como astros de um negócio que insistem em chamar de música.
É terrível imaginar que vai sobrando apenas isso para ouvir, assim com as cornetas da África na Copa das abelhas.
Nunca comprei um disco, ou CD de Michael Jackson, tenho um DVD que faz um apanhado de seus maiores sucessos e que termina com uma música linda que passeia por territórios em guerra ao redor do mundo e pede na letra uma chance para a paz.
Gostaria que ele agora tenha o descanso, na paz, que não teve em vida porque não entendeu que havendo nascido com aquele dom, bataria ter sido apenas Michel Jckson para ser feliz.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

SEGUINDO O CHEIRO DA PÓLVORA

Tenho um amigo libanês que conheci numa viagem de navio, dessas que acabaram virando moda e de lá para cá já se vão oito anos. Ele, então turista, viajava com uma baiana que estudava em São Paulo e hoje casados vivem na Bahia e tem duas lindas filhas. É, o amor é lindo !
Ontem no aniversário do filho de um primo dela que mora no mesmo prédio que eu e que por outra coincidencia estuda na mesma escola onde estuda meu filho, nos encontramos mais uma vez. É, o mundo é pequeno.
Neste encontro o libanês assustado me disse : Já fechou tudo, tudo mundo já viajou !
Pois é, para quem tem algum tipo de negócio e vive dele, paga contas por trinta dias mas em alguns meses do ano só dispõe de dezoito, vinte dias para arranjar o dinheiro. Sofro com isso desde que resolvi me meter numa empresa de prestação de serviços.
Para o libanês é de assustar como é que, num ano de crise mundial, redução dos postos de trabalho, diminuição da atividade industrial, queda nas vendas, perda do valor das ações na bolsa, queda das exportações e do consumo, se interrompa com tanta frequencia a atividade produtiva em nome do lazer, da festa e do descanso, que "emenda" dias úteis a feriados.
Sem muita opção, respondia a ele que se acostumasse, pois o bônus em ter encontrado a mulher da vida trouxe o ônus dela pertencer a essa plaga peculiar onde nascemos eu, voces, ela e agora as filhas deles.
Urbano que sou, nunca apreciei festas juninas mas, à partir de hoje seguirei o cheiro da pólvora e descansarei até quinta feira.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

APENAS MAIS UM SONHO

Acordei no meio da noite como convém a quem tem sonhos que começam bem e quase terminam mal. Estava banhado de suor, tinha o coração aos pulos e buscava claridade que me permitisse asserverar haver voltado prá casa.
Esta noite, talvez sob influencia do noticiário recente,me enxerguei de gravata e paletó, dirigindo-me aos colegas de plenário, mas falando para o meu Estado, como representante dele, no Senado Federal. No sonho o meu discurso foi algo assim :
Faço uso desta tribuna logo em seguida à fala do Senador José Sarney, Presidente desta casa, para dizer-lhe que não votei nele para ocupar este cargo. Desta forma, sinto-me livre da responsabilidade ao que me toca, quando afirma no seu discurso que o problema é do Senado. Igualmente não participei de nenuhm ato que tenha dado emprego a nenhum dos seus parentes, bem como não há nesta casa assinatura minha concordando com a criação ou uso de verba secreta para qualquer fim. Não pertenço ao Senado Federal para ter aqui que "vestir a camisa"do Senado como se isso aqui fosse uma empresa ou time de futebol.
Defendo a Instituíção como parte integrante dos poderes do Estado Democrático de Direito. Defendo os poderes constitucionais do Senado.
Não estou aqui senão pela vontade do povo do meu Estado para representar e lutar pelos seus legítimos e universais direitos, não devendo por isso dar-me braços com "colegas" para apoiar comportamentos que firam a ética e a transparência, que casa como essa deve ter. Estarei aqui pelos oito anos de mandato e se julgar que não foram suficientes para que pudesse ver um pouco do muito que desejo encaminhado, submeterei novamente meu nome ao escrutínio popular. Ele soberanamente que me julgue.
Não posso é fazer da função temporária de Senador meio de vida e profissão. Não posso é me utilizar deste mendato para escrever a história da minha família por três gerações como se eu fosse eterno, não posso é utilizar dos artifícios disponibilizados por outros, que assim não pensam e legislar aqui em causa própria já que a causa que me trouxe foi a Pública.
Para concluir, sr. Presidente não concordo, não apoio e não me sinto colega de ninguém aqui. Sou Senador pelo meu Estado por oito anos e os meus colegas são os que se formaram comigo há trinta anos atrás e exercem como meu a profissão que escolheram, criando a suas famílias com seu trabalho e pagando os impostos que ora ajudam a pagar meus subsídios.

Depois disso não me lembro de mais nada. Só sei que acordei ensopado de suor !!!!!!!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

O QUE FAZER COM ELE

Se é para avacalhar que o façamos com categoria. Assim, do alto da tribuna de um poder avacalhado ninguém menos que o seu Presidente nos deu ontem uma cabal e indiscutível aula da arte de avacalhar, lapidada em exaustivos quarenta anos de exercício e treino, nesta que parece ser a grande vocação do homem brasileiro.
Blogueiros em festa, devem estar a uma altura dessas, deitando e rolando sobre a teatral e mal ajambrada falação do senador. Cobertos pelos jurídicos das revistas para as quais escrevem e pela lei de imprensa, podem exercer, sem receio algum o exercício de suas profissões.
A mim cabe correr o risco, alegar ser cidadão, eleitor em dia com a Justiça Eleitoral, mas perder a oportunidade em comentar, não !.
Começa pela situação do senador ser nascido no Maranhão, querido estado, onde, a exemplo de outros senadores, batizou tudo com homenagens a seus parentes, controla o rádio, o jornal a televisão e os demais sinais de comunicação como centros espíritas e lançadores de sinais de fumaça. Percebe-se com isso, que por lá a população só sabe o que ele quer e contado da forma que ele deseja. Tão sólido por lá, representa o estado do Amapá, por onde elegeu-se.
A Epicuro atribuem a frase " nunca será bastante para quem acha pouco o que é suficiente"
Ontem, o homem, curvado pelo tempo mas demonstrando raro controle emocional, nos brindou com a reinvenção da roda. Pensei que iria inovar, mas para que ser criativo se a velha forma sempre deu resultado ?
Assim foi. Se o ladrão na feira é flagrado com a maçã no bolso grita : Não fui eu ! Foi minha mão !
Já vi o sujeito ao paquerar a mulher do outro e sendo interpelado, para não apanhar dizer que não havia sido ele, tinha sido seu olho. Dessas já ouvi várias, mas no JN, nunca !
Sarney ontem fez assim. A culpa dele fazer o que faz é do Senado que o acolheu, o recebeu, escreveu e criou os mecanismos que permitem que se pratique o imoral travestido de legal.
O problema "necomigo" , o problema é do Senado. Aliás, alguém que ainda tenha um restinho de vergonha tem dúvidas de que o ilustre membro da Real Academia de Letras está prenho de
razão ?, o problema é do Senado !
Peço aos que lerem essa postagem que voltem a um texto aqui publicado e até hoje sem nenhum comentário, onde perguntei : O QUE FAZER COM ZÉ SARNEY, e desta vez respondam.

terça-feira, 16 de junho de 2009

UM TEMPO PARA MIM

Me lembro de um livrinho de bolso, desses que a gente compra em aeroporto antes de embarcar e que tinha esse título. Pois é, dei de presente a Luiz Fernando um velho amigo que é viciado em trabalho e que não consegue achar graça em quase nada que não esteja relacionado a isso.
Assim então inicio essa postagem, contando que de uma forma ou de outra os problemas que tive com um vírus no lap top e que me deixaram fora do ar sábado e domingo, e que só foram resolvidos ontem á tarde, juntaram-se à necessidade que tive em ocupar quase toda a segunda-feira na busca pela forma de conciliar a momentânea, espero, falta de dinheiro à necessidade de minha mulher trocar o carro. Foram visitas a concessionárias na busca pelo carro que agrade e caiba no bolso e somente a segunda alternativa pôde ser atingida ( para Nestor e Paulo Viana esse circunflexo não existe mais, entretanto como bom bisneto de português, resolvi não aderir à reforma de Lula e continuarei a escrever como der e quiser).
O blog tem sido uma deliciosa obrigação porque tem me afastado um pouco das pressões do meu dia, sejam elas de trabalho, familiares e as resultantes do afastamento das quadras de tênis, por conta das intermináveis chuvas. Assim, memo parecendo que tive um tempo para mim, afastar-me desse espaço foi curiosamente doloroso até porque as manifestações e apoio que tenho recebido só tem me incentivado a perseverar. Adianto que, cada lida num texto é o combustível para continuar, pois nunca imaginei antes quão difícil é produzir diariamente, mesmo que textos curtos, sem compromisso ( técnico, gramatical , literário ou jornalistico), e muitas vezes bem pessoais.
Termino por hoje, avisando que estou de volta e com a corda toda.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

NAMORAR É PRECISO

Queridos amigos, caros leitores, o REDBLOG deseja a todos um feliz dia dos namorados.
Hoje é uma sexta- feira 12. Devemos apenas e tão somente aproveitar o dia e tentar aliviar um pouco as cargas impostas pelo rítimo de vida que o chamado progresso nos obriga a conviver.
Me pego as vezes passando receitas, como se a culinária e a vida tivessem muito em comum. A dieta na vida não obedece um padrão como a aquela da cozinha, de sorte que não adianta ficar colocando sal na salada dos outros ou açucar no que café de quem o prefere amargo.
Johanna Ganthaler uma austríaca da provincia de Bolzano Bozen, veio passar as férias no Rio de Janeiro juntamente com o seu marido Kurt. Ontem pela manhã,ela faleceu num acidente de carro numa das modernas e seguras auto pistas européias.
Ao chegarem atrasados ao Aeroporto Tom Jobin, perderam o Vôo 447 da Air France que os levaria de volta, depois de gostosas e merecidas férias. Acabaram, no dia seguinte embarcando em outro vôo da mesma companhia. Até onde sei, Kurt não estava no carro que vitimou Johanna, ontem, embora estivesse no avião a dez dias atrás, caso o hovesse alcançado.
A postagem de hoje é curtíssima justamente para que aproveitem mais o dia dos namorados. Namorar é preciso. O tempo é que é impreciso. Não há receita sobre se devemos ou não refletir, planejar ou não, se esconder embaixo da cama ou sair correndo na chuva.
A todos, um feliz dia dos namorados !!!!!!!!!!!!!

quinta-feira, 11 de junho de 2009

OBRIGADO SANTO ANTONIO

Acabamos de chegar da casa de dois queridos amigos, aliás , coisa da qual sou bem servido e prova disso é que vez por outra um deles está por aqui sendo lembrado e posso garantir, nenhum deles é esquecido.
Destes de hoje há um particular interessante que os trouxe até aqui. São casados a dois punhados de anos e se hoje é aniversário de um, amanhã será do outro o que embora nos confunda da festa de quem viemos, nos ajuda a não esquecer de parabenizar ambos. Eles lucram pois economizam em velas , bolos e festa.
Como são discretos e famosos, não havendo convidado a todos, aqui os chamarei de Te D, para naturalmente preservá-los de cobranças por drinques não tomados.
O que faz do dia de hoje especial é que ambos são devotos de Santo Antonio que assim como José e Pedro, é junino. Eles, Te D abrem a casa para receber a família, numerosa, de ambos, os agregados, fruto dos namoros de filhos e sobrinhos e pela segunda vez, nós. Após os cumprimentos e bebericos esperam que estejam todos e como uma irmã, a que traz uma centenária e pequenina imagem de Santo Antonio, foi a última a chegar, a reza este ano atrasou um pouco. Nada que prejudique a beleza e simbologia do momento.
Gente, é uma famíla, normal de gente boa como sempre existiu, com homens, mulheres, adolescentes e crianças, com encadernaçoes de um ritual católico de louvor a Santo Antonio que segue um script que não ultrapasssa meia hora de cânticos e orações cheios de fé, tradição e família.
A mãe de T, fazia isso e morreu a dois anos, a mãe dela que também já morreu também fazia isso e hoje os filhos e seus filhos continuam no caminho da união, honrando um princípio, conservando um rito mas acima de tudo perseverando na fé. Eles apontam o único caminho sadio conhecido.
Que noite !
Tenho por hábito repetir ao fim da postagem algo que remeta o leitor ao título, para que haja um nexo entre eles, assim hoje, feliz por pertencer a um grupo tão especial de pessoas eu digo: OBRIGADO SANTO ANTONIO

quarta-feira, 10 de junho de 2009

COMO VIAJAR NO TEMPO

Hoje me lembrei de uma história sobre a memória e a coincidência.
Ao entrar na casa que virou construtora e onde fui visitar uns amigos me lembrei de que já havia estado ali, anos antes mas não me recordava para que. Após muita conversa água gelada e cafezinho, pedi licença para ir ao sanitário e lá tudo ficou claro.
No século passado, acredito que em 1987, estive naquela casa que era então uma clínica para fazer um exame que seria único até então. A ciência de lá para cá já evoluiu uma barbaridade mas até hoje o espermograma continua sendo obtido pelo mesmo método.
Confesso que cheguei meio desconfiado e olhando pro chão. A sala de espera cheia, às 7 da manhã, lotada de velhinhas levando cocô, senhores com frasquinhos de xixi e crianças em jejum para colher sangue e eu ali com o papel da requisição na mão junto com a carteira de identidade e o plano de saúde, tentando deixar o balcão esvaziar para sussurrar o motivo de minha visita.
Após o atendimento, sentei quieto à espera da chamada, pensando se a mulher além de gritar meu nome iria dizer para o que era. Mal acabou de pronunciar meu nome, num pulo me apresentei e fui recebido com aquele sorriso Monalisa. Para meu espanto a criatura me entrega o vasilhame onde deveria ser depositado o material. Era um frasco de maionese. Quase sem voz , num esforço sobre-humano falei : _ moça, prá encher isso vai demorar uns dois meses.
Achando que era algum tipo de brincadeira a mulher toda séria responde : - o que sair tá bom !. Estendeu a outra mão e me entregou uma revista pornográfica.Ela não sabia que eu era a própria imagem da vergonha.
Entrei no banheiro. Agora nú, com um frasco de maionese numa mão e na outra a revista.
Nervoso, procurei me acalmar e entrar no clima . Escolhi uma página com três fotos mais picantes, encostei a revista inclinada na pia e comecei o ritual de auto estimulação.
Dez segundos depois bateu um vento e lá estava eu tentando me excitar com a propaganda de um carro da Ford. É ford.
Olhe bem, se a coisa acontecer ou voce é um herói ou um tarado digno de hospício. Fui um herói.
Alguns minutos depois , já relaxado e quase noivo da gatinha da revista, a coisa já pronta, bastando apenas as necessárias repertições de percurso, para o material enfim ser colhido, PRRIMM, toca uma campainha que parecia um alarme de incendio. Do lado da casa funcionava uma escola e o sinal de alguma coisa tocou e este infeliz, quase morto, com o coração disparado e o pinto encolhido perguntava a sí mesmo, e agora ?
Devolvi o frasco e bati em retirada. Dias depois colhi em casa e levei para outra clínica pois naquele banheiro eu não entraria jamais.
Quando anos depois me vi no mesmo lugar, repeti o gesto, guardei o equipamento e desisti de fazer o xixi, neste banheiro não !

terça-feira, 9 de junho de 2009

BLOG PETROLEIRO

Desde que resolvi inaugurar este espaço venho alternando comentários dentro do formato que acredito seja o ideal para as minhas possibilidades, ou seja, coisas do gênero cidadão observador.
Não possuo imunidade jornalística, não sendo jornalista fico preocupado em como a opinião se veiculará neste universo aberto que é a Internet, de sorte que faço uma brincadeira aqui, outra alí mas busco ter cuidado para não exagerar nas minhas manifestações, para não ter que incomodar ilustres leitores e amigos do mundo jurídico a me defenderem dos aproveitadores de possíveis verdades, sem provas que possa aqui incluir.
O Brasil tem o segundo povo mais otimista do mundo mas também é o único lugar onde um cara é filmado pela polícia recebendo propina num flagrante autorizado pela justiça e quem é preso é o delegado, ou melhor afastado do cargo e investigado por exagêro.
Um dos leitores do blog me enviou por e-mail o blog oficial da estatal brasileira do Petróleo, a PETROBRÁS. Olhei, achei estranho, mas não ia comentar até que hoje pela manhã soube que o sindicato dos jornalistas do Rio de Janeiro estuda providencias contra o que julgam uma usurpação do direito de informar, uma violação ao direito de preservar o sigilo da fonte e outra série de esperneios.
Não posso aqui me arvorar a fazer defesa de classe à qual não pertenço, restando então voltar ao início da postagem e falar como cidadão.
Em abril último ganhei de presente por ocasião do meu aniversário um interessante livro que ainda não acabei de ler, intitulado A TIRANIA DO PETRÓLEO. Trata de todas as armações feitas pelas "cinco irmãs", as maiores dos EUA ao longo dos quase três séculos de existência e a julgar pelo que ali se lê e por aqui se imagina, essa CPI se fosse prá valer, tiraria da sombra esse orgulho nacional e colocaria mais gente na cadeia do tem-se de cadeia para por essa gente.
Sem provas não posso dizer nada, nem voce caro leitor que sabe que tudo o que disserem é pouco diante do muito que se sabe.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

DEU NO CORREIO

Vejam voces como são as coisas, não tenho hábito de ler os jornais da minha cidade por entender que em tratando-se de província, basta um bom papo no elevador do prédio, ou uma conversa com o porteiro, quem sabe no salão cortando o cabelo ou ainda no clube domingo.
Salvador é assim, onde as pessoas ditas conhecidas , gravitam em torno dos mesmos nomes e sobrenomes, porque em alguns casos já estamos na décima geração, da capitania.
Mas fugindo à rotina, fiz hoje um investimento de um real e adquiri um exemplar do tablóide baiano, Correio da Bahia. Parece uma revista, imita o The Sun inglês, ou mais próximo o gaúcho Última Hora.
Este de segunda, trouxe 32 páginas que abatidos os espaços de publicidade e fotografias cai para algo em torno de 12. Se considerarmos que tanto as prefeituras como o Estado pouco fazem, ficamos por conta das barbaridades dos traficantes e ladrões na periferia e os jogos de nossos times na primeira e segunda divisões do campeonato brasileiro de futebol.
A capa do que comprei, e o fiz por isso, chama a atenção para um furo jornalistico digno de prêmio Pulitzer. Foto com fundo negro, nota para a exclusividade da matéria, e não poderia ser por menos, e a bombástica revelação : CORRUPÇÃO NOS CARTÓRIOS.
A imprensa realmente é o quarto poder, o que seria de nós, pobres incautos não fosse esse arriscado papel investigativo que faz surgir das profundesas do porões da administração, novidades como essa. Graças às mais modernas técnicas, inclusive com uso de modernas câmeras ocultas, nos foi possível ter acssso a histórias inacreditáveis.
Não vou comentar a matéria para não estragar a surpresa. Comprem o jornal, preparem-se para ler revelações estarrecedoras de como funciona essa coisa.
Se todos os dias eu tivesse conhecimento de fatos assim, minha postura como cidadão seria outra.
Desse jeito vou rever meus conceitos, virar assinante, porque se hoje sei disso tudo foi porque DEU NO CORREIO.

domingo, 7 de junho de 2009

FRENCH OPEN

Escolhi a aparente pernóstica forma em titular essa postagem, porque enquanto aguardava abrir o arquivo, vários blogs ligados ao Google, traziam como tema de abertura justamente o que escolhi. O Aberto de tênis da França que terminou a menos de quinze minutos.
Sou praticante desse esporte a pelo menos dez anos e nem a pública e notória falta de talento natural, reduziram em um milímetro meu interesse e diuturna vontade de jogar, seja para ganhar ou perder. Não é certamente de mim que trata essa postagem, não valho o bastante para isso.
De joelhos, como convém a um grande homem, quando a nobreza habita nele. Um rapaz de apenas vinte e sete anos, chorou e agradeceu a Deus o momento que esperava desde que passou a pertencer ao Olimpo desse esporte.
Roger Federer, agora o maior jogador de todos os tempos , enfim , após quatro finais consecutivas do mesmo torneio, o único de todo o circuito que jamais ganhara, pode sentir-se livre de todas as pressões e voltar a jogar como todos nós perebas jogamos, apenas para se distrair.
Ledo engano, o sangue que nele corre, não permite que se brinque com coisa tão séria, é a história de uma vida, são anos de privações e sacrifícios, são contratos milionários, é uma imagem pública internacional, é uma fortuna de mais de 100 milhões de dólares para administrar e agora um filho para servir de norte e deixar um nome.
Sou um bobo fã desse reapaz genial, que chora quando perde e quando ganha com a mesma postura de quem se ajoelha mesmo ao chegar ao topo.

sábado, 6 de junho de 2009

UM MINUTO DE SILÊNCIO

Quero encher hoje esse espaço de lugares comuns. Quero deixar que cada leitor me chame de piegas. Quero que nada tenha o efeito da surpresa ou da criatividade. Quero pedir um minuto de silencio pelos mortos do vôo 447 da Air France.
Quando voce estiver lendo essas minguadas linhas pense em quantas vezes voce já embarcou num vôo que chegou ao destino, quantas vezes seus parentes já foram levá-lo ao aeroporto.
Depois imagine-se entrando no avião, colocando as coisas no bagageiro acima de sua poltrona,sentando-se e apertando o cinto, olhando tudo em volta, aguardando a decolagem.
_ Atenção tripulação. check de portas, decolagem autorizada.
Sobe o avião, as luzes de apertar cintos e não fumar permanecem acesas e logo em seguida uma delas se apaga e voce pega a revista ou jornal e começa a ler.
_ Senhores passageiros : Para seu conforto reduziremos as luzes da cabine e dentro de alguns instantes estaremos dando início ao nosso serviço de bordo.
Quando voce estiver lendo essas linhas, lembre-se de quantas vezes participou desta rotina e de como terminou cada vôo seu, sempre ligando para alguém que distante dali, ansioso esperava notícias suas.
O que houve dentro do avião frances no domingo passado, já deve ter acontecido em dezenas de outros, sempre lotados de vítimas indefesas. O desespero vivido por aquela centena de pessoas foi o mesmo de outros tantos.
O que difere neste e nos outros é que nem eu nem voce estávamos lá e porque não, não vem ao caso, já que eles caem de Porto Alegre a São Paulo ou de Manaus à Brasília.
Quero um minuto de reflexão como se fosse por mim ou por voce. Foram pessoas exatamente como nós, pensando , agindo, comendo ou dormindo que em estimados quatro minutos mergulharam no espaço vazio, para nunca mais verem os seus ou serem vistos por estes.
Morrer de dengue, bala perdida, violencia urbana em geral, Aids ou doenças provocadas pelas escolhas erradas que fazemos. fazem parte da vida.
Uma trajédia como essa nos deixa a impressão de que um pouco de nós estava dentro daquele Air Bus 330. Para nós então, um minuto de silêncio.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

E O AVIÃO CAIU

Neste sábado vou fazer uma salada de coisas. Os ingredientes não são os melhores por conta da entre safra de boas novas. Tenho duas alternativas, ou finjo que não moro nesta terra ou comento as coisas que me cercam. Como sou péssimo na primeira alternativa, resta-me a segunda.
A misteriosa figura do hoje senador Renan Calheiros, surgiu para o país na onda que trouxe o caçador de marajás, seu amigo, sócio, fiador político e criador, Fernando Collor de Melo. Toda a imunda história que envolveu ambos é sabida e documentada.
O Brasil é um lugar tão desprovido de propósito e de seriedade que os dois, conservam naturalmente a amizade pois fruto da mesma cepa. O inacreditável é que sejam colegas de representação parlamentar.
O criador hoje, ainda tímido pela vergonha que nos fez passar, dissimula seguir as orientações da criatura que de fato preside o Senado, pois para não faze-lo ostensivamente trouxe a insaciável goela do títere maranhense para servir de Elizabeth.
O "cara," mais preocupado em fazer do filho herdeiro rico, entre uma viagem e outra, montado na popularidae do programa famélico,negociou parte da cristaleira como os macacos que apareceram.
Desta forma, como nunca se viu antes na história desta republiqueta de bananas, a coisa desceu tanto, o nível caiu tanto, que o poder legislativo, seguindo o modelo de Botsuana, Alagoas, Serra Leoa e congêneres, define seu caminho à partir das diretrizes impostas por aquele que detém a maior estatura moral entre seus pares, o Senador Renan Calheiros.
Meu crime é de opinião.
Seguindo criminosamente opinando, nunca imaginei que a AIR FRANCE tratasse seus aviões como tratou a minha bagagem em 2007 e desdenhasse do meu processo, até hoje sem julgamento, por haver ficado com meu filho com então cinco anos e minha mulher, por 18 dias na Escandinávia, sem roupas ou satisfações.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

GREVE DE INTELIGÊNCIA

Ontem eu fiz greve, ninguém notou, ninguém reclamou mas tenho a consciência tranquila de não haver prejudicado ninguém com o meu protesto silencioso. Não postei nada.
Já estive em 25 países, num sem número de cidades mundo afora e já presenciei manifestações públicas de descontentes com empregos e salários, como num protesto de canadenses portando faixas e cartazes em Toronto, num passeio público, em silêncio, desfraldando bandeiras e andando em círculo o que chamou a atenção da imprensa que fez a devida cobertura o que atingiu o objetivo do grupo e pude ver à noite, no hotel que alguns deles foram recebidos pela direção da empresa.Não sei no que deu, mas o meu dia eles não estragaram. O problema não era público, era deles e eles entendem o âmbito do individual. Fosse um problema do coletivo aí sem dúvidas as ruas seriam tomadas.
Noutra ocasião, estando em Santiago, presenciei as manifestações pelo retorno de Pinochet, fotografei inclusive as faixas de protesto e os manifestantes andando, num calçadão. O mundo tomou ciência disso e olhem que era a volta ao país de um ditador sanguinário.
Na França, dia sim, dia não há um protesto e a vida da população só sofre alguma alteração se esse protesto envolve uma relevente questão nacional. Vandalismo de jovens são considerados caso de polícia e como tal reprimidos.
Já aqui, nesta cidade esquecida, sem cultura, onde impera o axé, o arrocha e seus sucedâneos, grupelhos de qualquer categoria, sem nenhum senso sindical, orientação política ou razões que não as meramente pessoais, invadem ruas e avenidas, aos olhos da polícia e ao arrepio de qualquer lei e decidem quando querem paralizar a vida de milhões de pessoas por horas.
O que conseguem com isso é apenas o repúdio da sociedade ou dos demais, não especificamente interessados. Estão hoje uns contra ou outros, eu sou contra a sua paralização e voce contra a minha, voce bagunça a minha vida hoje e eu bagunço a sua amanhã. O que eu queria ontem voce não sabe e o que voce quer hoje eu não quero saber.
Desde sempre o que há de comum é a greve de inteligência, greve de respeito. Sabem porque não fazem isso aos domingos ? porque a greve é de inteligência. Já imaginou a repercussão de uma passeata, com cobertura da imprensa e atenção da população num dia inusitado?
Não, estão todos na praia, melados de bronzeador, sacudindo suas adiposidades, tomando cerveja, ouvindo pagode e quebrando carangueijo, em plena greve de inteligência.

terça-feira, 2 de junho de 2009

ODE À BAITOLAGEM

Estive ontem à noite muito rapidamente, num Shopping Center da cidade e reparei dois rapazes que andavam muito próximos um do outro, dando a entender que a relação entre eles era homoafetiva. Não dei muita importancia ao fato, subindo a escada rolante logo na entrada por ser a mais próxima da loja de esportes do primeiro piso.
Ao sair da loja, descendo a mesma escada me deparo desta feita com outro par de rapazes também indicando serem do mesmo tipo dos outros dois. Estes estavam subindo a escada um apoiado no ombro do outro.
Esse negócio foi ficando comum, a maioria das pessoas demonstram entender, aceitar e tem até quem goste de ver casais do mesmo sexo trocando afagos, olhares e risos em público.
Onde foi que eu parei no tempo, meu Deus, que não consigo explicar porque reúnem-se cerca de um milhão de pessoas em São Paulo, uma vez por ano para festejar o dia de orgulho gay.
Onde foi meu Deus que eu parei no tempo, que é assim em Nova York, Tóquio, Londres e aqui em Salvador, aliás, infestado.
Não tenho registro de festa comemorativa para se festejar o dia do orgulho em ser honesto, feio, bonito, pagador de impostos em dia, cumpridor de obrigações com a família, ou qualquer outro traço de caráter ou personalidade que contribua na edificação de um lugar habitável, digno ou pacífico.
Que coisa há de tão espetacular em ser homosexual para merecer uma festa que atrai o governador, o prefeito, que justifique aparato policial, holofotes da mídia, repercussão jornalistica e tudo o mais que cerca um negócio desses.
Quem foi e quando foi que isso virou moda, a ponto de gerar tanto orgulho ? Multiplicam-se os orgulhosos a cada ano, os grupos agregam simpatizantes, simpatia pela causa, pela opção, isso afinal é uma opção, uma tendencia, o que é realmente ?
Já deixei de criticar, porque ser contra essa maré gera processo criminal, pecha de homofóbico e rótulo de neo nazista. Não posso contudo ver sem ter o direito em perguntar porque essa contradição ao natural passou a ser chique, fino, moderno, valoroso e motivo de tanto orgulho.
Só não posso deixar de reconhecer que são corajosos, isso são, mas daí a fazer coro com o ode à baitolagem tenham paciência.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

ANALISANDO AS CHANCES

Quem não aprendeu com o pai ou deixou de ensinar ao filho que não se deve perder uma oportunidade,uma chance ?. A chance que eles nos deram ou que nós damos aos nossos filhos de morar bem, estudar, viajar, aprender, enfim, oportunidades que a maioria por certo agarraria se pudesse.
Assim funciona para tudo, uma chance de pedir um autógrafo a um ídolo, de comprar uma coisa que deseja numa promoção, uma vaga que acabou de aparecer no estacionamento, a chance de segurar a porta do elevador para que entre aquela menina que voce paquera no seu prédio, ou aquela do seu chefe perceber que você existe e na festa de fim de ano ouvir com atenção o que você tem prá dizer e descobrir que voce merece mais do que está ganhando...
São assim as chances e oportunidades na vida, tudo uma questão de estar no momento certo no lugar certo, ou no lugar errado na hora errada.
Hoje parado no sinal de trânsito, uma moto encosta do lado e um dos ocupantes leva no colo um saco amarelo cheio de pequenos discos de pizza congelada. Qual a minha chance de ser uma arma ao invés de pizzas ? Se fosse uma arma qual a minha chance dele bater o cano no vidro e mandar o motorista entregar o carro ? Uma vez entregue o carro qual a minha chance de ser levado junto ? Sendo levado qual a minha chance em ser morto, se errasse a senha, se olhasse nos olhos, se dissesse, levem tudo mas me deixem vivo ?.
Hoje não houve chance, até agora, para que nada disso ocorresse. Qual a minha chance em continuar assim e por quanto tempo ?
Os que hoje estão apenas puxando gatilhos, mesmo depois de conseguirem o que queriam, o fazem por não analizarem as chances que teriam se assim não agissem, simplesmente porque não tiveram chance alguma para analizar nada e simples assim, decidem num piscar de olhos qual a oportunidade que teremos, ou não, na frente das suas armas.
Assim, eles como nós continuaremos a preencher estatísticas ora feitas ora não, sobre a sorte de cada um.